Volume 2 - Ministério do Esporte

Acesso livre
O
respeito às necessidades especiais
dos atletas com deficiência
foi amplamente discutido e analisado
pelo Comitê Organizador
dos Jogos, que trabalhou em parceria com entidades
ligadas ao desporto adaptado. “Antes
de as instalações serem construídas, precisávamos
garantir que elas fossem acessíveis.
Além disso, consultamos o Comitê Paraolímpico
sempre que foi preciso. Tínhamos o mesmo
objetivo, de realizar algo marcante”, afirmou
Agberto Guimarães, gerente de Esportes do
CO-Rio.
Seguindo as normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), todas as instalações
esportivas e não esportivas do Parapan
foram desenhadas desde a planta até o telhado
para garantir o pleno acesso de público
e competidores. A Arena Multiuso, palco da
cerimônia de abertura do Parapan e das disputas
de basquete em cadeiras de rodas, foi
desenhada com 32 lugares na platéia para uso
de cadeirantes e 24 lugares para pessoas com
mobilidade reduzida, além de receber 33 sanitários
adaptados. Com 45 metros de altura e
três pavimentos, o local também contou com
dez elevadores equipados com faixas táteis,
oito escadas com corrimão, faixa de alerta nos
degraus, quatro rampas com baixa inclinação
(8,5%), corrimão com duas alturas e sinais
de alerta indicando seu início e fim. Para as
competições não houve necessidade de mudanças,
à medida que o basquete em cadeira
de rodas é jogado em quadras de dimensões
iguais às do tradicional.
Nos mesmos moldes da Arena, o Maria Lenk
também teve adaptações com sinalizações táteis.
Foram construídas três rampas de acesso,
duas para o público e uma para os atletas,
com inclinação de 7%, faixas de alerta no piso
indicando seu início e fim e corrimão com duas
alturas. Para chegar às arquibancadas e assistir
aos atletas saltarem nas piscinas, oito elevadores
e oito escadas com corrimão e sinais de
alerta no piso facilitavam o acesso às pessoas
com deficiência. Também foram reservados 22
lugares a cadeirantes e construídos 27 sanitários
adaptados no local. No Estádio João Havelange,
o Engenhão, ocorreram as disputas
de atletismo (pista e campo), modalidade que
abriga grande público, sobretudo pelo fato de
o Brasil ter grandes nomes de destaque no esporte.
Foram planejados onze grandes elevadores,
quatro rampas de acesso, 250 lugares
para cadeirantes em plataformas espalhadas
pelas arquibancadas, 60 lugares para pessoas
com deficiência e construção de sanitários
adaptados em todos os setores.
O Complexo Esportivo de Deodoro recebeu
as partidas do futebol de 7, para paralisados
cerebrais, e do futebol de 5, para pessoas
com deficiência visual. O local teve suas arquibancadas
tomadas pelo público durante o
Parapan. As provas aconteceram no mesmo
campo das disputas do hóquei sobre grama
do Pan. No local, foram necessárias importantes
alterações, como o redimensionamento
do campo. Para a disputa de futebol de cinco,
houve a troca de traves de gol. Ainda foi feita
a colocação de redes laterais, com 1,2m de altura,
que impedem a saída da bola do campo
durante o jogo. Ali foram instalados banheiros
químicos adaptados. O Riocentro foi o local
das competições de judô, tênis de mesa,
voleibol sentado e halterofilismo. Já o Clube
Marapendi recebeu as disputas de tênis em
cadeiras de rodas. As duas instalações contaram
com banheiros químicos adaptados e
tiveram adaptações provisórias.
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
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