Volume 2 - Ministério do Esporte

A construção
O
modelo de financiamento da Vila é
um exemplo a ser seguido. No final
de 2002, por ser dona do local escolhido
para abrigar a instalação,
a construtora Agenco foi convidada pelos organizadores
a construir o conjunto de prédios.
A princípio, seriam erguidos 25, mas o CO-Rio
chegou à conclusão de que 17 prédios seriam
suficientes. Em novembro de 2004, a Caixa
Econômica Federal aprovou o financiamento de
R$ 189,3 milhões, com recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador. Dez meses depois, a
empreiteira iniciou a venda dos apartamentos:
em um só dia, foram vendidas 1.350 unidades,
segundo Sérgio Goldberg, diretor da Agenco.
“O projeto tinha predicados expressivos. Todos
os apartamentos eram suítes. O financiamento
da Caixa foi um atrativo forte. Colocamos no
projeto equipamentos urbanos que davam ao
condomínio o que havia de mais completo. E
também teve o fato de os Jogos serem um pouco
mágicos. Comprando os apartamentos, as
pessoas estariam viabilizando o Pan”, acredita.
Para que a Vila ficasse à disposição dos organizadores
dos Jogos durante dez meses,
de fevereiro a dezembro de 2007, o Ministério
do Esporte, através de convênio com o CO-
Rio, pagou R$ 24.999.639 à construtora pelo
chamado “direito real de uso” pelo período.
Assim, impediu que o valor fosse repassado
aos mutuários. O condomínio foi entregue ao
CO-Rio em fevereiro de 2007. Além da verba
do financiamento da Caixa, a Agenco investiu
R$ 15 milhões na construção. A idéia inicial
da construtora era erguer um shopping center
em frente aos prédios, onde ficaria a zona
internacional. No entanto, em janeiro de 2007,
a prefeitura vetou definitivamente o projeto. O
CO-Rio, então, teve de desenvolver um projeto
alternativo, e a zona internacional foi construída
em instalações temporárias.
Os atrasos nas obras de infra-estrutura viária
comprometeram o nível de serviço da Vila nos
dias anteriores à abertura ofi cial. Outra questão
que prejudicou a operação foi um equívoco
no cálculo de energia. Segundo estimativa
do CO-Rio, seria necessário 1,5 megawatt,
mas o ideal, na verdade, seriam 4,5 megawatts,
considerando-se que houve acréscimo
em função da montagem de estruturas temporárias
na zona internacional. “No início de
junho, o CO-Rio comunicou que precisaria de
mais energia elétrica do que o estimado. Sugerimos
procurar a Light, que vende energia
festiva nesses casos. Decidimos fazer então
um convênio com o Comitê para a aquisição
desse serviço”, conta o gerente de Engenharia
da Secretaria do Comitê de Gestão Federal
Rio 2007 (Sepan/ME), Luiz Custódio
Orro – energia festiva é o apelido que se dá
à rede provisória, momentânea, executada
pelas fornecedoras de energia elétrica para
fornecer energia em lugares onde não há. O
convênio 084/2007, de R$ 3.241.639,29, para
cobrir custos de energia elétrica, água e gás
da Vila e de outras 21 instalações, foi assinado
em 10 de julho de 2007, entre o CO-Rio e
o Ministério do Esporte.
Fotos: AGENCO
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