104seria praticado por empresas capitalistas, em função do valor agregado pelo sistema deprodução, é no sentido de politizar a população no consumo de produtos sem autilização de agrotóxicos através da prática de preços justos. Apesar de toda a produçãoser consumida no mercado local, esta atividade não gerava excedente econômico.Outro fator a ser analisado nesta cadeia é o fato do produto ser altamenteperecível, dificultando a atuação em centros consumidores dispostos a pagar pelo valoragregado (orgânico), pois a cooperativa dista 80 km (Maringá/PR) a 140 km(Londrina/PR). Desta forma a COPAVI até 2003, estava restrita a atuação no mercadolocal com produtos comercializados com preços sem valor agregado. Com a dificuldadeem atingir menor perecibilidade para atuação em outros mercados (através hortaliçasorgânicas semi-processadas, processamento mínimo ou picles de hortaliças) e com anecessidade de disponibilização de mão-de-obra para outros setores mais lucrativos, apartir de 2004 houve a implementação do sistema agroecológico de produção.O sistema agroecológico de produção de hortaliças consiste em resgatarconhecimentos ecológicos para manejo sustentável de agroecossistemas. ALTIERI eNICHOLLS, citado por GONÇALVES (2001, p.7-8), definem a agroecologia como “adisciplina científica que fornece princípios ecológicos básicos de como estudar,desenhar e manejar agroecossistemas que sejam produtivos e conservem os recursosnaturais, e também culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamenteviáveis”.O principal enfoque é desenvolver agroecossistemas com dependênciamínima de agroquímicos e insumos energéticos, para fomentar ‘interações’ e‘sinergismos’ do componente biológico com o intuito de obter um sistema não apenasprodutivo, mas também sustentável em termos ambientais, sociais, econômicos eculturais (GONÇALVES, 2001).Na COPAVI, em substituição do uso de agroquímicos e insumosenergéticos são utilizadas práticas e/ou produtos naturais. Por exemplo, utiliza-se aadubação mineral ou orgânica como prática no manejo de pragas e doenças; para orestabelecendo da diversidade e densidade da biota do solo, o favorecendo a ciclagemde nutrientes e para tornar as plantas mais saudáveis (equilibradas nutricionalmente)utiliza-se práticas agrícolas como a redução da mecanização do solo (plantio direto oucultivo mínimo), o uso de adubos verdes, plantas de cobertura, estercos e compostos.
105GONÇALVES (2001) afirma que a diversidade vegetal emagroecossistemas é sugerida para gerar estabilidade na dinâmica populacional de insetosfitófagos. A monocultura é considerada uma das principais causas da estabilidade deagroecossistemas e predisposição à ocorrência de pragas. Portanto, na COPAVI, nashortas há o consorciamento e o rodízio na diversidade da plantação, garantindo assim, ainibição na incidência de pragas e insetos, o controle sobre as plantas invasoras(daninhas), o não esgotamento do solo e um desenvolvimento de uma agricultura maisnatural e ecológica.Percebe-se que a alteração maior entre as formas de manejo, orgânica eagroecológica, ocorrida nesta atividade está em relação à filosofia de manejo, adisposição da variedade de cultivos nos canteiros e a necessidade interferência humanana cultura.Com a implementação deste sistema possibilitou atingir menores custosde produção, menor necessidade de mão-de-obra, maior variedade de produtos, porémmenor produtividade. Em 2005, para esta atividade trabalhavam 3 adultos (períodointegral) e 1 adolescente (meio período). Pelo fato da produtividade da atividade serbaixa, pode-se classifica-la como uma atividade de subsistência, garantindo um cardápiomais saudável com maior variedade na alimentação dos assentados no restaurante,porém com a comercialização do excedente para garantia da sustentabilidade do setor.Outras atividades de responsabilidade dos membros deste setor são asrelativas ao reflorestamento, ao desenvolvimento da cadeia de produção madeireira, apreservação da região ribeirinha e a piscicultura.A atividade de reflorestamento tem por objetivo o desenvolvimento daflora nativa na área representada pelo número 3 do APÊNDICE E (ou área em azul doAPÊNDICE G), correspondente à área de Reserva Florestal ocupando cerca de 31,20ha. Para tanto se desenvolve a prática de identificação da mata nativa, desenvolvimentoe reprodução das espécies em viveiros e o reflorestamento da área, com o intuito decriar condições ambientais para a agricultura sustentável, além de ser uma atividade depedagógica de concientização política-ambiental.O desenvolvimento da cadeia de produção da madeira tem por objetivo ageração de energia. A área destinada para esta exploração aproximadamente 16,27 ha daárea total, representada no mapa do APÊNDICE E pelos números 19 e 37 (ou as áreas
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