4. ANÁLISE SOBRE AS MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO E NOSPROCESSOS <strong>DE</strong> TRABALHO NA COPAVI.Para análise acerca das mudanças em curso nos processos de trabalho ena organização do trabalho na COPAVI. , apresenta-se primeiramente um histórico dacooperativa, em seguida uma caracterização em relação aos aspectos geográficos, infraestruturaise humanos, na seqüência apresenta-se o processo de mudança na organizaçãointerna do trabalho, de gestão e de administração, e por fim, as mudanças em curso nosprocessos de trabalho nos setores de produção e nas atividades de trabalho.4.1 Histórico da COPAVIA COPAVI foi fundada por famílias integrantes do MST, quevislumbravam através desta organização, a geração direta de postos de trabalho, demoradia, renda e acima de tudo, da melhoria das condições de vida de seus integrantes efamiliares. A cooperativa é sediada no Projeto de Assentamento Santa Maria com umaárea de aproximadamente 250 ha, localizado no município de Paranacity, regiãonoroeste do estado do Paraná, na microrregião de Paranavaí.MOURA (2005) destaca que nos anos de 1970 a região sofreu profundamudança em sua estrutura fundiária em decorrência de geadas, as construções debarragens e o processo de modernização conservadora da sociedade brasileira, queacarretaram a falência de muitos pequenos agricultores e o desemprego no meio rural.Os acontecimentos deste período motivou o surgimento de organizações e movimentossociais de luta pela terra, entre eles a Comissão Pastoral da Terra (CPT) 19 e o MST,que auxiliaram na coordenação dos grandes acampamentos de famílias da região e doMST. Entre os acampamentos do período está a ocupação da antiga Fazenda SantaMaria, em Paranacity, desapropriada pelo decreto número 96.259 de 30/06/1988.Inicialmente a área foi ocupada por um grupo de trabalhadores sem terrade Paranacity logo após ser desapropriada. Na ocasião, o então proprietário, conseguiuque o prefeito e os representantes legais do sindicado dos trabalhadores rurais,negociasse a saída dos ocupantes. O proprietário, aproveitando-se da contestação legalda desapropriação e da desocupação da área, firmou um contrato de arrendamento por19 Organização ligado à Igreja Católica
9110 anos com a usina de açucar local, ocorrendo o cultivo da cana-de-açúcar empraticamente toda área, com exceção de aproximadamente três alqueires de pastagem.No entanto em 30 de agosto de 1992, com sentença favorável àcontestação feita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA),resolução número 306 de 12 de novembro de 1992. Neste processo houve a emissão deposse para famílias do município de Paranacity cadastradas no INCRA, que voltaram aocupar a área. Contudo houve nova negociação do prefeito com os trabalhadores e estessaíram logo depois.Desta forma, no dia 19 de janeiro de 1993, vinte e cinco (25) famíliasoriundas das regiões sudeste, centro-sul e sudoeste do Paraná, ligadas ao MSTocuparam a referida área com o objetivo de trabalhar de forma coletiva 20 na geração dosustento para a própria sobrevivência. Por essas famílias acampadas não possuírem aemissão de posse para assentarem em tal área, a princípio o INCRA não as aceitou noassentamento, gerando um conflito local.O apoio da Igreja Católica às famílias sem terra do MST foi decisivopara garantir a simpatia da população local, distribuindo uma carta aberta esclarecendoe sensibilizando a população pela causa das famílias.A maioria das famílias que ocupou a área já estava em outrosacampamentos há mais de 2 anos, possuíam apenas o recurso mão-de-obra para iniciar opreparo de terras e o plantio, não dispondo de recursos materiais para investimento napropriedade. Desta forma, houve um acordo com a usina de álcool que explorava aterra, que no período de colheita da cana, abril/maio de 1993, a cana seria retirada daárea pela mesma. Nesta época, em que as famílias aguardavam a colheita da cana dausina, os acampados trabalhavam de diaristas (bóia-frias) para granjeiros da regiãocomo forma de sobrevivência.Porém, na tentativa de desestimular as famílias a continuarem na área,não ocorreu a colheita da cana pela usina. Assim as famílias, ainda acampadas, foramobrigadas a colher e retirar toda a cana manualmente com o auxílio de membros doMST de outros acampamentos. Após a realização da queima e colheita da cana houve oplantio da cultura de mandioca.20 Objetivo este determinado pelo MST para expansão do SCA.
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