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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS ... - Livros Grátis

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63DRUCK (2001), ela surge com o sentido de obter maior redução de custos, na qual asempresas abandonam algumas atividades em favor de fornecedores mais preparados emtermos de custos. Com isto, nestas atividades as empresas passam a ter o papel degerenciar a logística e qualidade dos produtos, atingindo um estado hiperavançado daeconomia capitalista, através do controle financeiro. Desta forma, estabelece-se umarelação comercial entre as empresas, derivando diminuição de custos de produção eenxugamento no quadro de funcionários (demitindo os menos qualificados). A partir datercerização observa-se a precarização do trabalho dos funcionários da empresacontratada e dos funcionários contratados, pelo não pagamento dos direitos trabalhistase distinção no tratamento no interior das fábricas, entre outras.2.3.3 Crítica aos modelos flexíveisBaseado nas modificações que ocorrem no mundo do trabalho,estudiosos defendem a constituição de um ‘novo’ paradigma de organização produtiva.Assim o fordismo e o taylorismo já não são únicos e mesclam-se (coexistem) comoutros processos produtivos (neofordismo e pós-fordismo 14 ), decorrentes dasexperiências da Itália, Suécia e Japão, entre outras.Analisando as empresas capitalistas contemporâneas, FLEURY, citadopor SALERNO (2004, p.22), afirma que “as empresas não estariam tão interessadas noaumento da produtividade, posto que implementem apenas parcial ou limitadamente oque seriam os princípios da escola clássica..., mas, sim, em manter o controle social nafábrica, evitando a eclosão de conflitos, principalmente pelo recurso da rotatividade dotrabalho: os centros de decisões sacrificam a eficiência para evitar problemas com amão-de-obra”, sendo assim o trabalho seria planejado até possibilitar a independênciado processo produtivo em relação ao trabalhador, sendo este uma peça intercambiável.Para esta independência do processo em relação ao trabalhadorSALERNO (2004) atribui o conceito de rotinização. Do ponto de vista do capital podeser interpretada como forma de controlar (reduzir) custos do trabalho e, em um mercadocomprador, dominado por oligopólios, com a possibilidade de repassar aumento decustos para preços de tendência estável em um ambiente social em boa parte14 Considera-se neofordismo quando os modelos buscam revitalizar os princípios da organização clássicado trabalho, e pós-fordistas quando os modelos buscam romper com os princípios dos modelos clássicos.

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