34“Complexa ou simples, a operação continua manual, artesanal,dependendo portanto da força, da habilidade e da rapidez e segurança do trabalhadorindividual, ao manejar seu instrumento” (MARX, 1975, p.389), limitando o capitalistano processo de extração de excedente. Desta forma, ocorre a necessidade da expansãoda ciência e tecnologia para a adoção de novas tecnologias para desenvolvimento doprocesso de trabalho.Apesar da limitação apresentada, o período manufatureiro simplifica,aperfeiçoa e diversifica as ferramentas, adaptando-as às funções exclusivas especiais dotrabalhador parcial. Com isso, cria uma das condições materiais para a existência damecanização, que consiste, numa combinação de intrumentos simples, dando origem àmaquinaria.2.2.3 Maquinaria ou mecanizaçãoA partir da Primeira Revolução Industrial, no final do século XVIII,ocorrem grandes transformações no processo de trabalho com a introdução da máquinanas fábricas ocorrendo a gradual substituição do trabalhador pela máquina, fruto doprocesso crescente da apropriação do saber operário, com o objetivo de aperfeiçoamentoda manufatura (LE VEN, 1992).Para melhor entendimento da evolução do processo de trabalho naeconomia capitalista, MARX (1975, p.424) aponta uma diferenciação afirmando que“na manufatura, o ponto de partida para revolucionar o modo de produção é a força detrabalho, na indústria moderna [maquinaria], o instrumental de trabalho”.Independente do modo de produção, o sentido de revolucionar oinstrumental de trabalho, em princípio, podem ser para aliviar a labuta diária dostrabalhadores, no sentido da periculosidade ou insalubridade de determinados postos detrabalho. Porém, na economia capitalista, o emprego da maquinaria é com a finalidadereduzir custos e ampliar a taxa de lucro.Assim, verifica-se que toda maquinaria desenvolvida consiste em trêspartes: o motor, a transmissão e a máquina-ferramenta. Na qual o motor (força motriz),por meio da transmissão (eixos, rodas, etc.), movimenta a maquina-ferramenta (osaparelhos e ferramentas da manufatura adaptados como mecanismo para realizar as
35atividades manuais), que se apodera do objeto de trabalho e o transforma de acordo como fim desejado.Dr. URE, citado na obra de MARX (1975, p.477), descreve as fábricasde duas maneiras:Primeiro: “cooperação de classes diferentes de trabalhadores, adultos emenores, que com destreza e assuidade tomam conta de um sistema de máquinasprodutivas impulsionadas continuamente por força central (o primeiro motor)”;Segundo: “um autômato imenso composto de numerosos orgãos, unsmecânicos, outros conscientes, que operam de mútuo acordo e ininterruptamente paraproduzir um objeto comum, todos eles subordinados a uma força motriz que se regula asi mesma”.Pode-se verificar uma diferença entre os dois conceitos. No primeiro otrabalhador aparece como sujeito e a máquina como instrumento do processo dotrabalho, enquanto que no último os papéis são invertidos.No entanto, sabe-se que a partir da primeira revolução industrialgradativamente a máquina apodera-se do ofício manual do trabalhador e deixa para ele afunção puramente mecânica de força motriz, ao lado do novo trabalho de vigiar amáquina e corrigir com suas mãos o erro da mesma. Com isto, na fábrica os homens setornam complementos vivos de um mecanismo morto que existe independentementedeles, havendo até a possibilidade de serem substituídos. Por exemplo, quando anecessidade do trabalhador como força motriz pode ser substituída a qualquer momentopor outra força motriz.Segundo MARX (1988, p.53-54), “não é o operário que emprega osmeios de produção, são os meios de produção que empregam o operário. Não é otrabalho vivo que se realiza no trabalho material como seu órgão objetivo; é o trabalhomaterial que se conserva e se acrescenta pela sucção do trabalho vivo”. Desta forma,verifica-se a sobreposição do trabalho morto sobre o trabalho vivo, através do aumentoda composição orgânica do capital, quando a máquina substitui o trabalhador quemaneja uma única ferramenta por um sistema mecanizado. Desta forma, verifica-se quea segunda definição apresentada pelo Dr. Ure é mais coerente com a análise de MARX.O sistema mecanizado de máquinas, da mesma forma que a manufatura,pode ocorrer através da cooperação simples entre máquinas (máquinas iguais) ou
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
- Page 3 and 4: Ficha catalográfica elaborada pelo
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAos meus pais, Laércio
- Page 7 and 8: RESUMOHistoricamente verifica-se a
- Page 9 and 10: LISTA DE FIGURAS1.1 - Modelo de Com
- Page 11 and 12: LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍ
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 1. INTRODUÇÃO1.1 ApresentaçãoNa
- Page 17 and 18: 15No mesmo sentido, PALLOIX (1982,
- Page 19: 17• Analisar e avaliar os resulta
- Page 22 and 23: 20conceitos básicos sobre marketin
- Page 24 and 25: 22tanto na organização interna co
- Page 26 and 27: 242) Fase da pesquisa aprofundada 5
- Page 28 and 29: 26No terceiro capítulo é apresent
- Page 30 and 31: 28trabalho necessário, mas também
- Page 32 and 33: 30processo de trabalho é caracteri
- Page 34 and 35: 32continuava total: o trabalhador e
- Page 38 and 39: 36através da cooperação avançad
- Page 40 and 41: 38tomadas, destaca-se as relativas
- Page 42 and 43: 40Com isto verifica-se aproximaçã
- Page 44 and 45: 42estável dependem da colaboraçã
- Page 46 and 47: 44conhecimento produtivo. Com isto
- Page 48 and 49: 46taylorismo foi a criação do elo
- Page 50 and 51: 48de trabalho. Para tanto se faz ne
- Page 52 and 53: 50exigido. Desta forma, se a ativid
- Page 54 and 55: 52justamente nestas fábricas fordi
- Page 56 and 57: 54terem sido formadas por operário
- Page 58 and 59: 56sem que haja uma predefinição d
- Page 60 and 61: 58Algumas mudanças ocorrem em rela
- Page 62 and 63: 60Segundo FLEURY e FLEURY (1997), e
- Page 64 and 65: 62vários processos fabris dependen
- Page 66 and 67: 64‘controlado’ pelo governo, di
- Page 68 and 69: 66que há ruptura com o taylorismo/
- Page 70 and 71: 68desenvolvendo novas competências
- Page 72 and 73: 3. ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE TRA
- Page 74 and 75: 72identitárias ou morais), bem com
- Page 76 and 77: 74que são diversas tanto históric
- Page 78 and 79: 76d) Capacitação financeira e com
- Page 80 and 81: 78b) Controle, organização e gest
- Page 82 and 83: 80Em 1996, ocorre a internacionaliz
- Page 84 and 85: 82capitalista, na qual os sócios m
- Page 86 and 87:
84classe dos operários assalariado
- Page 88 and 89:
86cooperativas, buscando sinergias
- Page 90 and 91:
88de trabalho, a salários mais ele
- Page 92 and 93:
4. ANÁLISE SOBRE AS MUDANÇAS NA O
- Page 94 and 95:
92Neste período as famílias morav
- Page 96 and 97:
94O APÊNDICE E permite a verifica
- Page 98 and 99:
96Ressalta-se que apenas um desses
- Page 100 and 101:
98• Ser uma organização social
- Page 102 and 103:
100(formado pelo tesoureiro, setor
- Page 104 and 105:
102horticultura, do período inicia
- Page 106 and 107:
104seria praticado por empresas cap
- Page 108 and 109:
106em marrom do APÊNDICE G). As at
- Page 110 and 111:
108forma de lazer para os membros d
- Page 112 and 113:
110se adicionou ao processo 2 dorna
- Page 114 and 115:
112No período entre 1993 e 1995 a
- Page 116 and 117:
114• Maior facilidade para produ
- Page 118 and 119:
116Em 2005 a COPAVI contava com um
- Page 120 and 121:
118associados nos postos de trabalh
- Page 122 and 123:
120Esta atividade apresentava grand
- Page 124 and 125:
122alimentos do restaurante e no pe
- Page 126 and 127:
124Pode-se considerar que a produç
- Page 128 and 129:
126Comercialização e Coordenaçã
- Page 130 and 131:
128Desta forma, no processo de cons
- Page 132 and 133:
130processamento insdutrial, dificu
- Page 134 and 135:
REFERÊNCIASBIDONE, F. R. A.; Resí
- Page 136 and 137:
134MARX, K.; Capítulo VI inédito
- Page 138 and 139:
136TAYLOR, F. W.; Princípios da Ad
- Page 140 and 141:
138
- Page 142 and 143:
140
- Page 144 and 145:
142
- Page 146 and 147:
144
- Page 148 and 149:
146
- Page 150 and 151:
148
- Page 152 and 153:
APÊNDICE B - Tipologias de divisã
- Page 154 and 155:
APÊNDICE D: Organograma da COPAVI
- Page 156 and 157:
APÊNDICE F - Cultura/Manejo/Funç
- Page 158 and 159:
APÊNDICE H - Cultura/Manejo/Funç
- Page 160:
Baixar livros de LiteraturaBaixar l