46taylorismo foi a criação do elo entre a formação da tecnocracia e intermediação com asciências.Da obra de TAYLOR (1970, p.105) destacam-se alguns pontosimportantes: os princípios e as técnicas da Administração Científica. Os princípios dotaylorismo são:“1) substituição do critério individual do operário, poruma ciência;2) seleção e aperfeiçoamento científico do trabalhador,que é estudado e instruído, treinado e, pode-se dizer,experimentado, em vez de escolher ele os processos eaperfeiçoar-se por acaso;3) cooperação íntima da administração com ostrabalhadores, de modo que façam juntos o trabalho, deacordo com leis científicas desenvolvidas, em lugar dedeixar a solução de cada problema, individualmente, acritério do operário”.Dentre as técnicas destacam-se: estudo de tempo, movimentos emétodos, a programação da tarefa de cada operário isoladamente, os projetos dasestações e dos meios de trabalho, as técnicas de seleção e treinamento, padronização deinstrumentos e dos produtos, influência da idéia de tarefa sobre a eficiência dotrabalhador, salários e gratificações, automatismo dos operários e cooperação dosoperários no aperfeiçoamento de métodos e utensílios.VARGAS (1985) destaca que os princípios tayloristas privilegiam ocontrole da reprodução do trabalhador coletivo, enquanto as técnicas tayloristas são asrespostas econômicas à reprodução do capital.Para TAYLOR (1970) a aplicação da administração científica acarretariabenefícios tanto para os trabalhadores como para o capitalista. Para os trabalhadoresatravés do recebimento de salários mais altos, assistência da diretoria para odesenvolvimento das atividades, diminuição da carga horária de trabalho e inclusão deintervalos para recreação. Para o capitalista pelo aperfeiçoamento da qualidade doproduto, redução material nos custos de inspeção e relações mais amistosas entreadministração e operários.LE VEN (1992) aponta que o taylorismo foi uma revolução no processode trabalho a partir dos estudos de Taylor ao observar o corpo do trabalhador emmovimento e a analisar a resistência dos operários mais produtivos. Para Taylor a forçade trabalho é considerada mercadoria e, para maior aproveitamento deste recurso não se
47deve explorar suas forças físicas e espirituais até a exaustão dos limites fisiológicos,mas encontrar mecanismos competentes e inteligentes integrando-os aos objetivosempresariais, para uma exploração racional do recurso humano. Assim no taylorismonão haveria espaço para o sindicalismo, pois faria que o trabalhador estivesse tãoenvolvido no trabalho com um salário garantindo seu sustento, que as questões sindicaisseriam irrelevantes.Porém, analisando nos anos 60 e 70 a aplicação do taylorismo nasfábricas, DURAND (1985) verifica que nas empresas tayloristas de série, oabsenteísmo, a rotação de pessoal e a má qualidade do trabalho atingem tais proporçõesque o próprio funcionamento da empresa se vê ameaçado. A travagem, o mau ambientenas oficinas e as greves violentas revelam uma tensão social que inquieta os patrões. Poroutro lado, e por causa do seu nível cultural, os jovens ficam desiludidos com o trabalhoque lhe é proposto. E ainda, afirma que havia problemas de foco do taylorismo, taiscomo: insatisfação expressa pela elevada taxa de abandono de emprego, absenteísmo,relutância ao ritmo de trabalho imposto, indiferença, negligência, restrições à produçãoe hostilidade otensiva à administração.DRUCK (2001) aponta que ocorriam mobilizações, de modo especial,dos operários mais qualificados, cujos ofícios que exigiam qualificação e autonomiaestavam sendo destruídos pelo ‘novo trabalhador’, pela eficiência através da maiorparcelização e divisão de tarefas e, principalmente, através de uma contínuaexpropriação de seu saber e da quebra de sua autonomia e iniciativa. Isto se verificapelo fato de que ao mesmo tempo em que o taylorismo exige um espírito cooperativo,sem conflitos e sem resistência por parte dos trabalhadores, tem um conteúdofortemente autoritário e na sua essência, um poder de aplicação sustentado muito maisna força e na coerção e muito menos no convencimento e na busca da adesão dostrabalhadores (isto é amenizado por Ford através dos salários como instrumentoatrativo).Segundo CORIAT (1985) o que o modelo de Taylor propõe a atingir é asupressão de um determinado tipo de atraso, ou melhor, a defasagem que obstrui aexpansão do capital e a sua valorização. Pois o saber e o saber fazer é para o operário oseu bem mais precioso e é o que possibilita a relação com o capital. Desta forma Taylorbusca expropriar os operários do saber, reduzindo a necessidade do saber nas atividades
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