48de trabalho. Para tanto se faz necessário reduzir o saber operário complexo aos seuselementos simples. Esta decomposição realiza-se por meio de medição de gestos e dostempos (introduzindo o cronômetro na fábrica), selecionando-os e classificando-os, paradeterminação do the one best way (a melhor maneira) de se realizar o trabalho. Com istoa maior parte das atividades de trabalho podem ser realizadas por operário com poucoou nenhuma qualificação, impossibilitando ocorrer atraso na produção devido aresistência do operário pelo seu saber. Desta forma o autor considera que “enquantométodo de organização do trabalho o taylorismo é um método particular – eparticularmente eficaz – para produzir a mais-valia relativa”, pois permite a maiorprodução possível num tempo dado.LE VEN (1992, p.16) afirma que “Taylor não inventou propriamenteuma nova máquina, mas um novo homem frente à máquina: repassar o saber para amáquina, calcular o tempo a ser alocado, estimular o indivíduo até com salárioproporcional à quantidade produzida”.Segundo VARGAS (1985) o taylorismo se direcionou na difusão de seusprincípios com o sentido de interferir na socialização da força de trabalho assalariada, ena formação ideológica da tecnocracia industrial, através de um capitalismonacionalista. O autor destaca que o taylorismo transforma pela via consensual, e não sópela coerção, uma população em operários que se submetam à disciplina fabril e aosritmos do padrão industrial de cunho taylorista. Desta forma, verifica-se que“tanto o taylorismo como o fordismo estavam orientadospara a criação de um novo tipo de trabalhador que sesubmetesse as exigências da disciplina fabril necessáriaspara intensificar o ritmo de trabalho. Ambos propunham acriação de um corpo técnico para programar o trabalho; ...No entanto o fordismo não se restringia somente adisciplina no interior da fábrica. Ford liderou omovimento de adequação da força de trabalho as novasexigências de produção” (VARGAS, 1985, p.156-157).O fordismo, segundo LE VEN (1992), é um melhoramento do taylorismoatravés da padronização da produção, a instalação da linha de montagem, estabelecendoo conceito de ‘tempo imposto’ e conseqüentemente busca acabar com a resistênciaoperária, e por outro lado, cria a cultura da produção e consumo em massa dos própriosoperários-massa.
49Na concepção de PALLOIX (1982), Ford usou alguns aspectosessenciais do taylorismo, separação entre projeto/inovação e execução, divisão esubdivisão das tarefas, permitindo a cada movimento um tempo específico, e ainda,introduziu outros dois princípios: um novo método de controle do trabalho e aintrodução da linha de montagem.Para melhor entendimento FLEURY e VARGAS (1983, p.23-24),descrevem os princípios de Ford:“1) sempre que for possível, o trabalhador não daránenhum passo supérfluo;2) não permitir, em caso algum, que ele se canseinutilmente, com movimentos à direita ou à esquerda, semproveito algum.As regras gerais que nos levaram a consegui-los são asseguintes:1) tanto os trabalhadores como as peças devem serdispostos na ordem natural das operações, de modo quetoda peça ou aparelho percorra o menor caminho possíveldurante a montagem;2) empreguem-se planos inclinados ou aparelhossimilares, de modo que o operário sempre possa colocarno mesmo lugar as peças em que trabalhou, e sempre aoseu alcance. Toda vez que for possível deve-se usar agravitação como meio de transporte, para chegar nas mãosdo operário mais próximo à peça em trabalho;3) construa-se uma rede auxiliar para a montagem doscarros, pela qual, deslizando as peças que devem serajustadas, cheguem ao ponto exato onde são necessárias”.O resultado prático destas normas é a economia das faculdades mentais ea redução ao mínimo dos movimentos de cada operário, que, sendo possível, deve fazersempre o mesmo movimento ao executar a mesma operação. Desta forma, aqueletrabalhador qualificado, antes necessário no processo de montagem, é dispensado. Emseu lugar o novo operador tinha uma única função, é repetir indefinidamentemovimentos padronizados, desprovidos de qualquer conhecimento profissional. Por estarazão todos as atividades de trabalho foram levadas à extrema simplificação, de acordocom os princípios de Taylor. O resultado dessa simplicação e parcelamento levou Ford aperceber que eram reduzidas as necessidades de todo potencial do corpo humano,corroborando com outro princípio de Taylor, que não se deveria procurar pessoasexcepcionais para o trabalho, mas homens comuns apropriados para o tipo de trabalho
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
- Page 3 and 4: Ficha catalográfica elaborada pelo
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAos meus pais, Laércio
- Page 7 and 8: RESUMOHistoricamente verifica-se a
- Page 9 and 10: LISTA DE FIGURAS1.1 - Modelo de Com
- Page 11 and 12: LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍ
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 1. INTRODUÇÃO1.1 ApresentaçãoNa
- Page 17 and 18: 15No mesmo sentido, PALLOIX (1982,
- Page 19: 17• Analisar e avaliar os resulta
- Page 22 and 23: 20conceitos básicos sobre marketin
- Page 24 and 25: 22tanto na organização interna co
- Page 26 and 27: 242) Fase da pesquisa aprofundada 5
- Page 28 and 29: 26No terceiro capítulo é apresent
- Page 30 and 31: 28trabalho necessário, mas também
- Page 32 and 33: 30processo de trabalho é caracteri
- Page 34 and 35: 32continuava total: o trabalhador e
- Page 36 and 37: 34“Complexa ou simples, a operaç
- Page 38 and 39: 36através da cooperação avançad
- Page 40 and 41: 38tomadas, destaca-se as relativas
- Page 42 and 43: 40Com isto verifica-se aproximaçã
- Page 44 and 45: 42estável dependem da colaboraçã
- Page 46 and 47: 44conhecimento produtivo. Com isto
- Page 48 and 49: 46taylorismo foi a criação do elo
- Page 52 and 53: 50exigido. Desta forma, se a ativid
- Page 54 and 55: 52justamente nestas fábricas fordi
- Page 56 and 57: 54terem sido formadas por operário
- Page 58 and 59: 56sem que haja uma predefinição d
- Page 60 and 61: 58Algumas mudanças ocorrem em rela
- Page 62 and 63: 60Segundo FLEURY e FLEURY (1997), e
- Page 64 and 65: 62vários processos fabris dependen
- Page 66 and 67: 64‘controlado’ pelo governo, di
- Page 68 and 69: 66que há ruptura com o taylorismo/
- Page 70 and 71: 68desenvolvendo novas competências
- Page 72 and 73: 3. ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE TRA
- Page 74 and 75: 72identitárias ou morais), bem com
- Page 76 and 77: 74que são diversas tanto históric
- Page 78 and 79: 76d) Capacitação financeira e com
- Page 80 and 81: 78b) Controle, organização e gest
- Page 82 and 83: 80Em 1996, ocorre a internacionaliz
- Page 84 and 85: 82capitalista, na qual os sócios m
- Page 86 and 87: 84classe dos operários assalariado
- Page 88 and 89: 86cooperativas, buscando sinergias
- Page 90 and 91: 88de trabalho, a salários mais ele
- Page 92 and 93: 4. ANÁLISE SOBRE AS MUDANÇAS NA O
- Page 94 and 95: 92Neste período as famílias morav
- Page 96 and 97: 94O APÊNDICE E permite a verifica
- Page 98 and 99: 96Ressalta-se que apenas um desses
- Page 100 and 101:
98• Ser uma organização social
- Page 102 and 103:
100(formado pelo tesoureiro, setor
- Page 104 and 105:
102horticultura, do período inicia
- Page 106 and 107:
104seria praticado por empresas cap
- Page 108 and 109:
106em marrom do APÊNDICE G). As at
- Page 110 and 111:
108forma de lazer para os membros d
- Page 112 and 113:
110se adicionou ao processo 2 dorna
- Page 114 and 115:
112No período entre 1993 e 1995 a
- Page 116 and 117:
114• Maior facilidade para produ
- Page 118 and 119:
116Em 2005 a COPAVI contava com um
- Page 120 and 121:
118associados nos postos de trabalh
- Page 122 and 123:
120Esta atividade apresentava grand
- Page 124 and 125:
122alimentos do restaurante e no pe
- Page 126 and 127:
124Pode-se considerar que a produç
- Page 128 and 129:
126Comercialização e Coordenaçã
- Page 130 and 131:
128Desta forma, no processo de cons
- Page 132 and 133:
130processamento insdutrial, dificu
- Page 134 and 135:
REFERÊNCIASBIDONE, F. R. A.; Resí
- Page 136 and 137:
134MARX, K.; Capítulo VI inédito
- Page 138 and 139:
136TAYLOR, F. W.; Princípios da Ad
- Page 140 and 141:
138
- Page 142 and 143:
140
- Page 144 and 145:
142
- Page 146 and 147:
144
- Page 148 and 149:
146
- Page 150 and 151:
148
- Page 152 and 153:
APÊNDICE B - Tipologias de divisã
- Page 154 and 155:
APÊNDICE D: Organograma da COPAVI
- Page 156 and 157:
APÊNDICE F - Cultura/Manejo/Funç
- Page 158 and 159:
APÊNDICE H - Cultura/Manejo/Funç
- Page 160:
Baixar livros de LiteraturaBaixar l