36através da cooperação avançada de máquinas (sistemas de máquinas complementares).Porém, ao contrário da manufatura, que o isolamento dos processos parciais é umprincípio fixado pela própria divisão do trabalho, na maquinaria é imperativa acontinuidade dos processos parciais.No entanto, CARVALHO (1986) verifica que a continuidade dosprocessos parciais ocorre de modos diferentes dependendo do tipo de ramo indústrial,podendo dividi-los em dois grupos, as indústrias de processo contínuo e as de processodiscreto.Nas indústrias de processo contínuo, devido às características específicasdos processos produtivos destes setores é possível que se atingir a total automação eintegração das diversas etapas produtivas, sem nenhuma interferência direta do trabalhohumano na matéria processada. Pois a manipulação e o processamento de matéria-primaseguem comandos que estão inscritos no corpo eletromecânico dos equipamentosespecificamente desenhados. Desta forma, a mecanização nestas indústrias atinge umalto grau de integração porque os equipamentos aí utilizados são constituídosmecanicamente para reproduzir um mesmo tipo de seqüência de manipulações eoperações, isto é, são autônomos dedicados ou rígidos, voltados para o alto grau derepetibilidade.Já nas indústrias de processo discreto, a rigidez intrínsica à mecanizaçãode base eletromecânica estabelece os limites ao desenvolvimento de suas aplicações. Osentido de mecanização neste tipo de indústria significa passar para o corpo de umamáquina instruções de um comando que determinam certo tipo de manipulação deferramentas, que imprimem certas características à matéria-prima processada. Com aautomação eletromecânica, as instruções de comando estão incorporadas nos próprioscomponentes mecânicos e elétricos que compõe a máquina. O curso das ferramentasestá definido mecanicamente. Desta forma, qualquer alteração importante no comando(como seqüenciamento) implica um amplo rearranjo dos seus componentes, ou seja, aconstrução de uma outra máquina. Assim, este tipo de automação eletromecânica serestringe à produção em grande série. No entanto, quando a flexibilidade se faznecessária à produção, para atender às constantes variações dos produtos, esta é obtidaatravés do trabalho humano (oficiais-mecânicos detentores de alta qualificaçãoprofissional), por garantir a versatilidade e flexibilidade da produção.
37O objetivo da implantação do sistema mecanizado é pelo aumento naobtenção do excedente. Desta forma, verifica-se a obtenção da mais-valia relativaatravés de três vias: retribuição de produtividade (prêmios, participações nos lucros),aumentando a velocidade das máquinas e ampliando a maquinaria a ser vigiada por cadatrabalhador (campo de trabalho); e a obtenção da mais valia absoluta através de duasprincipais vias: da exploração do trabalho infantil e feminino (por pagar menos a essesoperários) e pelo prolongamento da jornada de trabalho (MARX, 1975).LE VEN (1992), analisando o processo de trabalho na maquinariaafirma que o trabalho na fábrica exaure os nervos, suprime o jogo variado dos músculose confisca toda atividade livre do trabalhador, física e espiritual.Segundo CARVALHO (1986), o padrão básico da utilização do trabalhofoi a exploração salarial, alta intensidade do trabalho e pela manipulação controlista decertas políticas de recursos humanos, sobretudo da rotatividade, condicionadas einfluenciadas pela automação eletromecânica, favorecendo a desvalorizaçãoprofissional.No entanto, verifica-se que este tipo de processo de trabalho tem boaaplicação nas operações que conjugam repetibilidade, complexidade da tarefa enecessidade de produção, tal como, tratamento químico de produtos. Porém, a mudançada peça ou do produto no processo eletromecânico demanda uma complexa e demoradapreparação de máquina (set up), feita pelo próprio operador ou por um trabalhadorespecializado na preparação. Todavia, esta demanda só é superada e a automaçãoexpandida na produção de baixa repetibilidade com introdução da microeletrônica e dainformatização no processo de trabalho.2.2.4 Automação microeletrônica ou informatizaçãoA partir da segunda metade do século XX, verifica-se uma mudança doparadígma no sistema de produção, alterando de um mercado dirigido pela produção,para a produção dirigida pelo mercado. Assim a demanda de flexibilidade ediversificação dos produtos e o acirramento da competitividade, fazem as empresastomarem decisões relativas ao acréscimo de produtividade, economias de custosrelativos a capital fixo e variável e melhora na qualidade dos produtos. Entre as decisões
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