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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS ... - Livros Grátis

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64‘controlado’ pelo governo, diminuição de custos significa aumento de lucros. Alémdisso, consegue-se o controle social da empresa. Pois a partir da alta rotatividadeconsegue-se inibir o movimento sindical.No entanto pela necessidade em atender demandas variadas ediferenciadas, as empresas investem em flexibilização na organização do trabalho, eintrodução da AME para controle de processos em substituição a equipamentostradicionais. Desta forma, surgem novas exigências em relação ao trabalho, àqualificação, habilidades e desempenho do trabalhador.Na análise de SCOPINHO et al (1999), tanto a mecanização como amicroeletrônica pode não estar, efetivamente, contribuindo para sanear os ambientes detrabalho e reverter o padrão de desgaste-reprodução dos trabalhadores, e, sim, apenasimprimindo a eles novos padrões.Os novos padrões estabelecidos exigem o envolvimento do trabalhadorpara o alcance de qualidade e produtividade. Segundo LIPIETZ (1991), a lógicaprodutivista fordista incentiva o emprego precário, principalmente através dasubcontratação, e assim, afrouxa os laços institucionais do trabalhador com a empresa.No entanto, a revolução tecnológica através da adoção da AME é apontada comosolucionadora desses problemas. Pois apesar dela não funcionar sozinha, a partir dasubstituição do trabalho humano, a AME impõe disciplina aos trabalhadoresremanescentes, via pressão da grande massa de desempregados. No entanto, em muitasempresas já ocorrem experiências que diferem desta lógica. Nelas procura-se“reconstruir as condições de diálogo entre a concepção das máquinas, sua manutenção,com a produção direta e, até, de fundir as duas últimas funções. Coletivo detrabalhadores polivalentes, muito qualificados, capazes de regular, consertar suasmáquinas e dar sugestões aos projetistas e até cooperar neste projeto!(...) Fala-se muitoem parceria em vez de subcontratação” (LIPIETZ, 1991, p.65)Na concepção de LIPIETZ (1991), nos dois casos não está construído umnovo paradígma. Mesmo nas empresas cujas experiências diferem, está emdesenvolvimento um sistema misto, que combina práticas neofordistas com práticas deintegração de trabalhadores mais qualificados, mais participativos e comprometidoscom os objetivos da empresa.

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