38tomadas, destaca-se as relativas às transformações no processo de trabalho com aintrodução da Automação Microeletrônica (AME) e da Informatização.Segundo CARVALHO (1986), a grande revolução da aplicação datecnologia microeletrônica à automação industrial consistiu em aliar a flexibilidade àautomação. Isto se deu através do acoplamento, às máquinas, de microprocessadoreseletrônicos (controladores programáveis), que detém as informações necessárias ao seucomando. Devido a sua flexibilidade, os novos equipamentos puderam substituir otrabalho humano naquele amplo conjunto de operações em que ele viabilizava avariação dos produtos ou das operações a serem realizadas. Desta forma, amicroeletrônica proporcionou uma nova onda de automação, na qual o aporte específicoda nova tecnologia à indústria foi ter permitido uma notável superação e/ou extensãodos limites à automação e integração até então estabelecidos pela base eletromecânica,redifinindo assim a base técnica da produção capitalista.A redifinição da base técnica da produção capitalista continua, da mesmaforma que a maquinaria/mecanização, revolucionando o instrumental de trabalho naAME/Informatização a partir de desenvolvimento tecnológico específico para oprocessamento de dados. Na AME o instrumental de trabalho é constituido de trêscomponentes: a unidade de comando (microprocessador) que envia sinais eletrônicospara a interface (sensores), que transformam sinais eletrônicos em impulsos elétricosque acionam a parte mecânica da estrutura eletromecânica (ferramentas e mecanismosde manipulação, fixação, transporte, entre outros) (CARVALHO, 1986).Com a adoção da AME, verifica-se redução drástica da necessidade deoperários, através da implementação de sistemas operacionais constituídos de: MáquinaFerramenta de Controle Numérico (MFCN) – em substituição aos operadores demáquinas-ferramentas universais –, equipamentos de Comando NuméricoComputadorizado (CNC) ou Controladores Lógico Programável (CLP) – para controlardiversos tipos de equipamentos –, Robôs Industriais – em substituição ao trabalhohumano nas tarefas parcelizadas, simplificadas, mas diversificadas –, SensoresEletrônicos – para meios automáticos de manipulação, transporte e estocagem com oobjetivo de balanceamento da linha de montagem – como também linhastransportadoras (transfer) – linhas de transferência de produto em processo.
39No entanto, a AME não se restrige apenas no processo de trabalhooperacional, como também nos processos de trabalho de projeto, através do Computeraided-design(CAD), Computer-aided-engineering (CAE), Computer-aidedmanufacturing(CAM) – ferramentas para o desenvolmento do projeto de produto e deprocesso – e administrativo, através do Enterprise-Resorce-Planing (ERP) –favorecendo novos esquemas de organização da produção, especificamente noplanejamento e controle da produção (PCP) e na qualidade.Como observado, além de substituir o trabalho humano, aimplementação da AME permite integrar, transformando as fábricas em complexosindustriais eletrônicos sincronizados e integrados. Estes complexos são sistemaspassíveis de reprogramação sem qualquer alteração mecânica do equipamento. Amudança de peça ou do produto no processo demanda apenas uma mudança no softwarepara a realização dos set ups, ocorrendo troca de informação entre os equipamentos.Com isto verifica-se melhoramento no aproveitamento do tempo de trabalho e reduçãode tempos mortos de produção em relação à automação eletromecânica (maquinaria).No entanto, a finalidade da AME na indústria de processo contínuo édiferente na de processo discreto. Segundo CARVALHO (1986), nas indústrias deprocesso contínuo, os intrumentos de medição e controle, tem a finalidade de aumentaros níveis de integração, continuidade e controle global dos fluxos produtivos,contribuindo para acelerar o processamento das informações de controle, além defavorecer sua precisão. Em relação as indústrias de processo discreto, CORIAT, citadopor CARVALHO (1986, p.83) afirma:“A possibilidade de uma ampla substituição do trabalhohumano, a integração das linhas de montagem com meiosde transporte de materiais e os sistemas de estoques, alémda integração fábrica/escritório podem viabilizar umaalteração radical do fluxo produtivo nas indústrias deprodutos discretos: superam-se os tempos mortos e ostempos de espera, tanto em relação à mão-de-obra, comoem relação à utilização das máquinas; aprimora-se obalanceamento das linhas, reduzindo-se a necessidade deestoques intermediários (‘pulmões’) típicos das linhasconvencionais; diminui o tempo necessário para odesenvolvimento de novos projetos e para a adaptação dafábrica à mudança de produtos. Em suma, a produçãocomo um todo se torna mais densa e compacta”.
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
- Page 3 and 4: Ficha catalográfica elaborada pelo
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIAAos meus pais, Laércio
- Page 7 and 8: RESUMOHistoricamente verifica-se a
- Page 9 and 10: LISTA DE FIGURAS1.1 - Modelo de Com
- Page 11 and 12: LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍ
- Page 13 and 14: SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO ............
- Page 15 and 16: 1. INTRODUÇÃO1.1 ApresentaçãoNa
- Page 17 and 18: 15No mesmo sentido, PALLOIX (1982,
- Page 19: 17• Analisar e avaliar os resulta
- Page 22 and 23: 20conceitos básicos sobre marketin
- Page 24 and 25: 22tanto na organização interna co
- Page 26 and 27: 242) Fase da pesquisa aprofundada 5
- Page 28 and 29: 26No terceiro capítulo é apresent
- Page 30 and 31: 28trabalho necessário, mas também
- Page 32 and 33: 30processo de trabalho é caracteri
- Page 34 and 35: 32continuava total: o trabalhador e
- Page 36 and 37: 34“Complexa ou simples, a operaç
- Page 38 and 39: 36através da cooperação avançad
- Page 42 and 43: 40Com isto verifica-se aproximaçã
- Page 44 and 45: 42estável dependem da colaboraçã
- Page 46 and 47: 44conhecimento produtivo. Com isto
- Page 48 and 49: 46taylorismo foi a criação do elo
- Page 50 and 51: 48de trabalho. Para tanto se faz ne
- Page 52 and 53: 50exigido. Desta forma, se a ativid
- Page 54 and 55: 52justamente nestas fábricas fordi
- Page 56 and 57: 54terem sido formadas por operário
- Page 58 and 59: 56sem que haja uma predefinição d
- Page 60 and 61: 58Algumas mudanças ocorrem em rela
- Page 62 and 63: 60Segundo FLEURY e FLEURY (1997), e
- Page 64 and 65: 62vários processos fabris dependen
- Page 66 and 67: 64‘controlado’ pelo governo, di
- Page 68 and 69: 66que há ruptura com o taylorismo/
- Page 70 and 71: 68desenvolvendo novas competências
- Page 72 and 73: 3. ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE TRA
- Page 74 and 75: 72identitárias ou morais), bem com
- Page 76 and 77: 74que são diversas tanto históric
- Page 78 and 79: 76d) Capacitação financeira e com
- Page 80 and 81: 78b) Controle, organização e gest
- Page 82 and 83: 80Em 1996, ocorre a internacionaliz
- Page 84 and 85: 82capitalista, na qual os sócios m
- Page 86 and 87: 84classe dos operários assalariado
- Page 88 and 89: 86cooperativas, buscando sinergias
- Page 90 and 91:
88de trabalho, a salários mais ele
- Page 92 and 93:
4. ANÁLISE SOBRE AS MUDANÇAS NA O
- Page 94 and 95:
92Neste período as famílias morav
- Page 96 and 97:
94O APÊNDICE E permite a verifica
- Page 98 and 99:
96Ressalta-se que apenas um desses
- Page 100 and 101:
98• Ser uma organização social
- Page 102 and 103:
100(formado pelo tesoureiro, setor
- Page 104 and 105:
102horticultura, do período inicia
- Page 106 and 107:
104seria praticado por empresas cap
- Page 108 and 109:
106em marrom do APÊNDICE G). As at
- Page 110 and 111:
108forma de lazer para os membros d
- Page 112 and 113:
110se adicionou ao processo 2 dorna
- Page 114 and 115:
112No período entre 1993 e 1995 a
- Page 116 and 117:
114• Maior facilidade para produ
- Page 118 and 119:
116Em 2005 a COPAVI contava com um
- Page 120 and 121:
118associados nos postos de trabalh
- Page 122 and 123:
120Esta atividade apresentava grand
- Page 124 and 125:
122alimentos do restaurante e no pe
- Page 126 and 127:
124Pode-se considerar que a produç
- Page 128 and 129:
126Comercialização e Coordenaçã
- Page 130 and 131:
128Desta forma, no processo de cons
- Page 132 and 133:
130processamento insdutrial, dificu
- Page 134 and 135:
REFERÊNCIASBIDONE, F. R. A.; Resí
- Page 136 and 137:
134MARX, K.; Capítulo VI inédito
- Page 138 and 139:
136TAYLOR, F. W.; Princípios da Ad
- Page 140 and 141:
138
- Page 142 and 143:
140
- Page 144 and 145:
142
- Page 146 and 147:
144
- Page 148 and 149:
146
- Page 150 and 151:
148
- Page 152 and 153:
APÊNDICE B - Tipologias de divisã
- Page 154 and 155:
APÊNDICE D: Organograma da COPAVI
- Page 156 and 157:
APÊNDICE F - Cultura/Manejo/Funç
- Page 158 and 159:
APÊNDICE H - Cultura/Manejo/Funç
- Page 160:
Baixar livros de LiteraturaBaixar l