30processo de trabalho é caracterizada em quatro fases: cooperação (cooperação simples),manufatura (cooperação avançada), maquinaria (mecanização) e automaçãomicroeletrônica (informatização); enquanto os modelos de organização do trabalho sãocaracterizados em duas fases: modelos clássicos (taylorismo e fordismo) e modelosflexíveis (modelos italiano, sueco e japonês).2.2 Desenvolvimento histórico do processo de trabalho na economia capitalistaSegundo MARX (1975) a produção capitalista só começa realmentequando um mesmo capital particular emprega, de uma só vez, número considerável detrabalhadores, para ampliar sua escala produtiva fornecendo produtos no mercado emmaior quantidade.Desta forma, PALLOIX (1982), sugere a divisão do processo históricodo processo de trabalho em quatro fases arranjadas em dois grupos. A cooperação e amanufatura caracterizando o processo de trabalho no período de transição entre ofeudalismo e o capitalismo, e a maquinaria e a automação microeletrônica(informatização) integradas à organização capitalista do sistema produtivo e nomovimento do capital.2.2.1 Cooperação ou cooperação simplesNo período de transição do modo de produção feudal para o capitalistatêm-se como processo de trabalho a cooperação ou cooperação simples. SegundoMARX (1975), a cooperação quase não se distingue, do ponto de vista do modo deprodução, do artesanato das corporações, a não ser através do maior número detrabalhadores simultaneamente ocupados pelo mesmo capital. Desta forma uma partedos meios de produção é utilizada em comum no processo de trabalho – diminuindo aporção do valor do capital constante que se transfere a cada produto isolado.Dentre as principais características destaca-se a instituição da divisão dotrabalho no processo de trabalho. MARX (1975, p.374) define cooperação como “aforma de trabalho em que muitos trabalham juntos, de acordo com um plano, no mesmoprocesso de produção ou em processos de produção diferentes mas conexos”. Emborarealizem simultaneamente e em conjunto o mesmo trabalho ou a mesma espécie detrabalho, podem os trabalhos individuais representar, como partes do trabalho total,
31diferentes fases do processo de trabalho, percorridas mais rapidamente pelo objeto detrabalho em virtude da cooperação. No entanto, o produto continua sendo artesanal e empequena escala.Neste sentido CANTANHE<strong>DE</strong> (1983) afirma que a cooperação, consisteem transformar o trabalho do produtor mestre-artesão o qual antes exercia por contaprópria, através de um ofício manual utilizando ferramentas rudimentares de suapropriedade, assistido por um número pequeno de companheiros e aprendizes eproduzindo com sua família mais do que podiam consumir para realizar trocas doexcedente por outros produtos, por um sistema no qual o capitalista (mercador),enquanto empregador, contrata serviços artesanais de diversos produtores (artesãos)para realizar diferentes etapas do processo de produção de um mesmo produto, atravésda especialização parcelada. Assim, neste novo sistema de cooperação o assalariadolivre vende sua capacidade de trabalho ao capital, que assume a função de dirigir,superintender e mediar o trabalho cooperativo a ele subordinado.Verifica-se que apesar do controle do processo de trabalho ser docapitalista, o trabalhador conserva o valor da força de trabalho. Neste sentidoFREYSSENET, citado por PALLOIX (1982, p.76), corrobora definindo cooperaçãocomo “a reunião, por um proprietário de capital, de artesãos privados de seus meios deprodução, mas cuja força de trabalho conserva seu valor. O trabalhador perde o controledo processo de produção...”Quanto ao controle do processo PALLOIX (1982) afirma que nesteprocesso histórico inicial o princípio da cooperação, ou cooperação simples, reside nacoordenação dos processos de trabalho baseados nos ofícios dos artesãos sob controledo proprietário do capital comercial. Essa coordenação pode tomar duas formas:reunindo os trabalhadores em uma oficina ou pela semi-integração que deixa o trabalhodisperso pelas diferentes oficinas, ficando cada uma delas mais ou menos sob o controlede uma pessoa.Esta segunda forma é conhecida como putting-out-system. ParaMARGLIN (1980, p.56) “a especialização parcelada, característica do putting-outsystem,fez desaparecer só um dos dois aspectos do controle operário da produção: ocontrole sobre o produto. O controle [pelo operário] do processo de trabalho ainda
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