82capitalista, na qual os sócios majoritários tomam as decisões sem consultar os outrossócios. Estão voltadas para a competição do mercado e funcionam como empresasempenhadas na profissionalização da gestão, administração racional, aumento docapital, crescimento econômico e em moderna tecnologia para obter ganhos em escala eeficiência, principalmente via fusão e incorporação. Desta forma, pode-se afirmar queessas cooperativas adotam a lógica de empresas capitalistas, ou seja, são cooperativasnão-democráticas, aquelas em que não há participação de todos os seus integrantes”.• Cooperativismo Popular ou Autêntico:Segundo PIMENTEL (2000), a partir dos anos 80, surgem ascooperativas denominadas populares, da qual as cooperativas de Reforma Agráriafazem parte, o que traz ao debate a distinção entre a gestão de cooperativas do tipoempresarial capitalista - centralização do poder, exclusão social, lógica da acumulação,a busca do lucro pelo lucro, entre outras características - e a gestão de cooperativas dotipo empresa social, na perspectiva de construção da chamada economia solidária.Estas cooperativas, são consideradas autênticas por buscarem seguir osprincípios estabelecidos na ACI, através da democracia, igualdade e a autogestão. Seusdirigentes são eleitos pelos sócios, e suas diretrizes são discutidas e aprovadas emassembléias gerais.GALLO (2003, p.91) afirma que “no século XXI, as cooperativasautênticas integram o conceito de Empreendimento Econômico Solidário como uma dasestratégias de geração de trabalho e renda para a população excluída da sociedade, comoparte do conceito de Economia Solidária. A Economia Solidária pode ocorrer através daexpansão das iniciativas populares de geração de trabalho e renda, baseadas na livreassociação de trabalhadores e nos princípios de autogestão e cooperação nas formas dosEmpreendimentos Econômicos Solidários”. Desta forma, as estratégias da Economiasolidária seguem três eixos: o comércio eqüitativo; a criação de redes de trocas fixas; eo surgimento de novos serviços.Entre as iniciativas de base do cooperativismo autêntico, organizações emovimentos buscam a consolidação comercial e financeira da economia solidária, taiscomo as empresas autogeridas vinculadas à Associação de Empresas Autogeridas e de
83Participação Acionária (ANTEAG), reunidas na Associação Brasileira de Autogestão ouna Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (CONCRAB).Na CONCRAB encontram-se inscritas as CPAs, que surgem a partir depolítica de incentivo do MST para enfrentamento às dificuldades presentes na vida dosassentamentos via EESs. Para verificação da caracterização das CPAs como EESs,segue-se uma análise do processo de formação das CPAs nos assentamentos.3.4 Processo de formação das cooperativas de reforma agrária em assentamentosOs integrantes dos assentamentos de reforma agrária vinculados ao MSTdesenvolvem um trabalho de formação política-social, para que os integrantes domovimento quando assentados, busquem a organização do assentamento, do trabalho eda produção de modo coletivo, pois no modo individual, esses trabalhadores teriammuitas dificuldades para gerar renda pela terra.Esta dificuldade é apontada por ENGELS e LÊNIN em seus estudos,quando relatam o desaparecimento e/ou desintegração do campesinato. ENGELS (1981)aponta em seu estudo na França e Alemanha que os pequenos camponeses de posse deuma propriedade em pequenas parcelas estão fatalmente destinados a desaparecer. Eafirma que só conseguirão conservar a propriedade de sua casa e de suas terras,convertendo-as em propriedades de exploração coletivas.LÊNIN (1982, p.115-116) em suas observações na Rússia verifica que“a desintegração do campesinato provoca umdesenvolvimento dos grupos extremos, em detrimento docampesinato ‘médio’, criando dois tipos novos depopulação rural, cujo denominador comum é o carátermercantil, monetário da economia. O primeiro desses tiposé a burguesia rural ou o campesinato rico englobando oscultivadores independentes (que praticam a agriculturamercantil sob todas suas formas), os proprietários deestabelecimentos industriais-comerciais, de empresascomerciais. Esse campesinato rico associa à agriculturacomercial, empresas industriais e comerciais e essa‘combinação da agricultura com as oficinas’ constitui oseu traço específico... Na maioria dos casos, as dimensõesda exploração estão acima das possibilidades da força detrabalho da família; por isso, a formação de umcontingente de operários agrícolas e, ainda mais, dediaristas... O outro tipo novo é o proletariado rural, a
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