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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS ... - Livros Grátis

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51quanto a formação), necessitando de operários especializados, submetidosà disciplina do capital.BRAVERMAN (1974) aponta que para o trabalhador o conceito dequalificação está ligado tradicionalmente ao domínio do ofício, isto é, a combinação deconhecimentos de materiais e processos com as habilidades manuais exigidas para odesempenho de determinado ramo da produção. O parcelamento das funções e areconstrução da produção como um processo coletivo ou social destruiu o conceitotradicional de qualificação e inauguraram apenas um modo para domínio do processo detrabalho a ser feito: mediante e com o conhecimento científico, técnico e de engenhariado trabalho.Desta forma o conhecimento fica restrito à administração e as equipes deestudos, fazendo com que o conceito de qualificação seja interpretado como umahabilidade específica, uma operação limitada e repetitiva seja reinterpretado como“velocidade”.Para DRUCK (2001) o fordismo enquanto ‘novo’ padrão de gestão dotrabalho e da sociedade, sintetiza condições históricas, constituídas pelas mudançastecnológicas, pelo modelo de produção e consumo em massa, pela integração e inclusãodos trabalhadores. Inclusão esta, obtida através da neutralização das resistências de umaparte das classes trabalhadora, os trabalhadores de ofício e da persuasão, sustentadaessencialmente na nova forma de remuneração e benefícios.Segundo CARVALHO (1986) em diversas indústrias semiautomatizadasas inovações eletromecânicas se desenvolveram no sentido de incorporarna própria tecnologia de produção as concepções tayloristas de organização do trabalho.A linha de montagem fordista convencional de produção levou esta tendência aoextremo. Seus resultados são a intensificação e a desqualificação do trabalho, demaneira a favorecer políticas instabilizadoras da mão-de-obra.Uma das diferenças em relação aos períodos anteriores na análise de LEVEN (1992) é de que no maquinismo os trabalhadores eram objetos do capitalismo; notaylorismo eles eram motivados, estimulados e integrados na produção; já no fordismoeles são apenas massa tanto de produção como de consumo. Desta forma teoricamentenão tem espaço para o sindicalismo, pois o salário garantiria a centralização da atençãodos trabalhadores no trabalho. Mas na realidade o que a história demonstrou foi que

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