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RESUMO<br />

IMOBILIZAÇÃO DE LACASE E SEU USO NA BIOTRANSFORMAÇÃO DE<br />

EFLUENTES DE INDÚSTRIAS PAPELEIRAS<br />

Os efluentes das indústrias papeleiras são constituí<strong>do</strong>s de vários compostos fenólicos<br />

tóxicos. Dentre esses compostos, alguns de elevadas massas molares (MM) são<br />

biotransforma<strong>do</strong>s apenas por alguns organismos como fungos da classe Basidiomycota.<br />

Diversos estu<strong>do</strong>s demonstram que a biotransformação da madeira por estes fungos depende<br />

principalmente de sua capacidade de produzir enzimas lignolíticas extracelulares como as<br />

lacases. As lacases catalisam oxidação de uma série de compostos aromáticos, especialmente<br />

compostos fenólicos. Várias aplicações vêm sen<strong>do</strong> sugeridas para essas enzimas, dentre elas,<br />

o seu uso na biorremediação de compostos fenólicos e, conseqüentemente, efluentes que<br />

possuam tais compostos. No entanto, a aplicação destas, como de quaisquer enzimas na forma<br />

<strong>livre</strong>, torna-se inviável devi<strong>do</strong> a peculiaridades das mesmas, como o fato de perderem<br />

atividade em condições e meios densnaturantes. Dessa forma, para aumentar a estabilidade<br />

operacional das enzimas, as mesmas podem ser imobilizadas em suportes sóli<strong>do</strong>s, que lhes<br />

conferem maior resistência à perda de atividade. Consideran<strong>do</strong> isso, o presente trabalho teve<br />

como principal objetivo imobilizar a enzima lacase em esferas de quitosana e avaliar seu<br />

potencial para biotransformação de amostras <strong>do</strong> efluente de uma indústria de papel e celulose.<br />

Inicialmente foi possível observar que, apesar da enzima ter adquiri<strong>do</strong> valores baixos de<br />

estabilidade operacional, tornou-se mais resistente a diversas condições e meios desnaturantes<br />

tais como: pH e temperatura eleva<strong>do</strong>s, presença de inibi<strong>do</strong>res e solventes. Em um segun<strong>do</strong><br />

momento, foram realiza<strong>do</strong>s ensaios de biotransformação das amostras de efluente com a<br />

enzima imobilizada. O processo de biotransformação foi acompanha<strong>do</strong> em diversos perío<strong>do</strong>s<br />

de tempo pelos seguintes parâmetros: fenóis totais, fenóis de baixa MM, cor e DQO. Com<br />

base nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s foi possível observar que, após 24 horas de incubação da enzima<br />

imobilizada com o efluente, houve remoção de aproximadamente 65% de fenóis totais, 65%<br />

de fenóis de baixa MM e 60% de cor. Embora não se tenha observa<strong>do</strong> modificações<br />

estatisticamente significativas nos níveis de DQO após tratamento enzimático, foi possível<br />

concluir que a enzima imobilizada em esferas de quitosana possui grande potencial de<br />

biotransformação <strong>do</strong>s compostos fenólicos que, por sua vez, são os que detêm os agentes<br />

químicos responsáveis pela elevada toxicidade desse tipo de efluente.<br />

Palavras chaves: Lacase, imobilização, efluentes, compostos fenólicos, quitosana, papel e<br />

celulose.<br />

VI

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