livre - Wiki do IF-SC
livre - Wiki do IF-SC
livre - Wiki do IF-SC
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
atividade em pH=5,5. Esses resulta<strong>do</strong>s indicam que o processo de imobilização acarretou<br />
mudanças no pH ótimo da enzima em direção a valores mais eleva<strong>do</strong>s de pH. Para<br />
compreender este comportamento, tem-se o estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Goldstein, Levin e<br />
Katchalski (1964), que relevou a existência de uma diferença na concentração de íons H +<br />
entre o microambiente, no qual a enzima está imobilizada (suporte polieletrólito) e a solução<br />
que envolve este suporte. A concentração de íons H + ao re<strong>do</strong>r de um polieletrólito com carga<br />
negativa é maior que na solução. Esse comportamento se inverte quan<strong>do</strong> o polieletrólito tem<br />
carga positiva. Dessa forma, a curva de pH versus atividade de enzima imobilizada em<br />
suporte com carga elétrica pode deslocar-se para regiões mais alcalinas quan<strong>do</strong> o suporte é<br />
carrega<strong>do</strong> negativamente e regiões mais ácidas quan<strong>do</strong> o suporte é carrega<strong>do</strong> positivamente.<br />
Seguin<strong>do</strong> este raciocínio, foi esperada uma mudança no pH ótimo da lacase imobilizada em<br />
direção a valores mais baixos de pH, pois o suporte utiliza<strong>do</strong> (quitosana) é policatiônico. No<br />
entanto, vários trabalhos publica<strong>do</strong>s também ilustram perfis de pH ótimo diferentes <strong>do</strong><br />
espera<strong>do</strong>. Os trabalhos de D’annibale e colabora<strong>do</strong>res (1999), Cetinus e Öztop (2000),<br />
Cetinus e Öztop (2003) e Jiang e colabora<strong>do</strong>res (2005), os quais imobilizaram lacase em<br />
esferas de quitosana, catalase em filme de quitosana, catalase em esferas de quitosana e lacase<br />
em microesferas magnéticas de quitosana, respectivamente, obtiveram como resulta<strong>do</strong>s a<br />
permanência <strong>do</strong> pH ótimo para as enzimas imobilizadas em relação às enzimas <strong>livre</strong>s.<br />
Outro comportamento inespera<strong>do</strong> e semelhante aos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s neste trabalho é<br />
apresenta<strong>do</strong> no estu<strong>do</strong> de Abdel-Naby e colabora<strong>do</strong>res (1999), que imobilizaram dextranase<br />
em quitosana usan<strong>do</strong> 2,5% de glutaraldeí<strong>do</strong> e verificaram que o pH ótimo mu<strong>do</strong>u de 5,5 para<br />
6,0 após o processo de imobilização.<br />
Embora o trabalho de Goldstein, Levin e Katchalski (1964) seja uma ferramenta útil<br />
para explicar os fenômenos de mudança de pH ótimo após os processos de imobilização, vale<br />
a pena ressaltar que essas mudanças podem estar associadas a outros fatores, além da carga <strong>do</strong><br />
82