Meredith Gentry 1 - CloudMe

Assentiu. -Entendo.
-Assim o espero, porque é mais que verte nu. Preciso tocar e ser tocada
para ver se... -Abri as mãos-. Se posso fazê-lo.
-Mas sem sexo esta noite? -Sua voz nunca se aproximou tanto a um tom
pícaro.
-Sonha com carne de sidhe e nunca a tiveste. Eu sim a tive, e durante três,
quase quatro anos, passei sem ela. Sinto falta de meu lar, Sholto. Embora seja
estranho e perverso, sinto melancolia. Se consentir a isso, então terei um
amante sidhe e um lar. Sem mencionar que estou fugindo de uma sentença de
morte. Não é um destino pior que a morte, Sholto.
-Alguns pensaram que sim ao longo dos anos. -Tentou fazer uma piada
desta situação, mas seus olhos lhe traíam.
-Este é o motivo pelo que preciso ver onde me estou colocando.
-Então, pergunto-te pelo amor ou o amor é algo muito ingênuo para um rei e
uma princesa? -Perguntou.
Sorri, mas esta vez era um sorriso triste.
-Provei o amor uma vez; traiu-me.
-Griffin não se merece emoções tão profundas e é, sem lugar a dúvidas,
incapaz das corresponder.
-Já me dava conta -pinjente-. O amor é grande enquanto dura, Sholto, mas
não dura.
Olhamo-nos o um ao outro. Perguntei-me se meus olhos estavam tão
cansados e cheios de recriminações como os seus.
-Supõe-se que tenho que discutir contigo e te dizer que algum amor sim
dura? -Perguntou Sholto.
-Fará-o?
Sorriu e sacudiu a cabeça.
-Não.
Aproximei minha mão para ele.
-Não quero mentiras, Sholto, nem tão sequer as piedosas.
Sua mão estava muito quente e envolvia a minha.
-Deixa que te leve a cama e me mostre o que me oferece -pinjente.
Permitiu-me que lhe levasse a cama.
-Posso ver o que me oferece você?
Empurrei-o para trás na cama para lhe olhar a cara. -Se quiser.
Passou por seus olhos um olhar que não era nem sidhe, nem humana, nem
sluagh, a não ser simplesmente masculina.
-Quero -disse.