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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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-Quero que morra por isso. Não o diga à rainha. Dentro de uns dias pode se<br />

mude de opinião, e não quero que faça nada radical. -Minha voz soava fria por<br />

causa da raiva que sentia, o tipo de raiva que se instala em seu coração e<br />

nunca a abandona. A raiva quente te ferve no sangue e não é tão distinto da<br />

paixão, mas a raiva fria é irmã do ódio. Eu odiava ao Griffin pelo que tinha feito,<br />

mas não o suficiente. -Não quero que a rainha me envie a cabeça ou o coração<br />

do Griffin em uma caixa.<br />

-Pode ser que esteja planejando lhe matar de todas formas -disse Doyle.<br />

-Sim, mas se o faz, será responsabilidade dela, não minha. Não pedirei sua<br />

morte. Se a rainha decide matá-lo é coisa dela.<br />

Frost se ajoelhou a meu lado, me olhando com aqueles olhos da cor das<br />

nuvens de tormenta. Tomou minhas mãos entre as suas. Sua pele estava<br />

quente, o qual significava que eu estava fria. Estava mais alterada do que<br />

pensava, quase em estado de choque.<br />

-Estou segura de que nossa rainha já decidiu sua sorte -sentenciou Frost.<br />

-Não – eu disse. Levantei-me e me separei do Frost, de suas mãos, de seu<br />

olhar. Abracei-me, porque sabia que podia confiar em meus próprios braços e<br />

estava começando a duvidar de todos os outros. -Não, se o encontrar agora<br />

mesmo, matará-o. Mas quanto mais tempo permaneça fugido, mais criativa se<br />

mostrará a rainha.<br />

Frost continuava ajoelhado no chão, me olhando.<br />

-Eu em seu lugar acredito que preferiria ser capturado logo, enquanto ainda<br />

fosse possível uma morte rápida.<br />

-Escapará – eu disse. -Escapará tão longe e tão depressa como possa.<br />

Atrasará o momento com a esperança de que o salve algum milagre.<br />

-Conhece-lhe bem? -Perguntou Frost.<br />

Olhei-o no rosto e comecei a rir. A risada tinha um tom selvagem.<br />

-Isso acreditava, embora possivelmente não o tenha conhecido nunca.<br />

Possivelmente tudo tenha sido uma grande mentira.<br />

Olhei ao Frost. Estava contente de não lhe querer, contente de não ver nele<br />

nada mais que carne apetecível. Nesse momento, confiava mais no desejo que<br />

no amor.<br />

Doyle se levantou e me pegou delicadamente pelos antebraços.<br />

-Não deixe que Griffin te faça duvidar de ti, <strong>Meredith</strong>. Não lhe deixe que te<br />

faça duvidar de nós.<br />

Olhei-o aos olhos.<br />

-Como soubeste que era exatamente isso no que estava pensando?<br />

-Porque é exatamente o que pensaria eu em seu lugar.<br />

-Não, não é, você estaria planejando como lhe matar.<br />

Doyle me abraçou, apoiando sua bochecha em meu cabelo. Estava tensa,<br />

mas não me afastei.<br />

-Sei que desejas sua morte e assim será. Escolhe uma parte de seu corpo e<br />

lhe entregarei isso.<br />

-Entregaremo-lhe isso -disse Frost, ficando de pé.<br />

Relaxei-me o suficiente para passar um braço em torno da cintura do Doyle<br />

e apoiei o rosto em sua camisa de seda. Podia ouvir o batimento de seu<br />

coração, firme e um pouco acelerado.<br />

Alguém golpeou a porta. Doyle fez um sinal ao Frost e este foi responder.<br />

Doyle tirou a pistola, depois colocou a um lado, de maneira que seu corpo me<br />

ocultava parcialmente a visão.

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