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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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-Está muito longe seu hotel?<br />

Desta vez o sorriso foi mais aberto e o fez parecer menos perfeito, mas<br />

mais... Humano. Mais real.<br />

-Deveria sorrir mais freqüentemente, senhor Sholto. Fica bem.<br />

-Espero ter motivos para sorrir mais freqüentemente no futuro próximo.<br />

Ofereceu-me seu braço, embora estava muito longe. Aproximei-me porque<br />

tinha feito o juramento mais solene da corte da Escuridão e não podia rompê-lo<br />

sem arriscar-se a uma maldição.<br />

Enlacei-lhe o braço. Ele esticou os músculos: um homem é sempre um<br />

homem.<br />

-Em que hotel está?<br />

Sorri. Nunca faz mal ser agradável. Sempre poderia ser desagradável mais<br />

tarde se tivesse que ser.<br />

Ele me contou. Era um hotel muito bonito.<br />

-Está um pouco longe para ir caminhando – eu disse.<br />

-Se quiser, podemos pedir um táxi.<br />

Levantei as sobrancelhas diante a esta proposta, porque uma vez dentro da<br />

estrutura metálica de um carro já não poderia produzir magia muito maior.<br />

Muito metal provocava interferências. Eu podia produzir feitiços maiores dentro<br />

de chumbo sólido se eu precisasse. Meu sangue humano servia para umas<br />

quantas coisas.<br />

-Não se sentirá desconfortável? -Perguntei.<br />

-Não é tão longe, e procuro a comodidade para nós dois.<br />

Outra vez senti que me estava perdendo algum sentido de suas palavras.<br />

-Um táxi seria fantástico.<br />

Agnes chamou o Sholto.<br />

-O que temos que fazer com o Nerys?<br />

Sholto olhou para elas e seu rosto era outra vez frio, com essa beleza<br />

esculpida que o fazia parecer distante.<br />

-Voltem para seus quartos como puderem. Se Nerys não tivesse tentado<br />

atacar à princesa, não teria se ferido.<br />

-Estivemos lhe servindo durante mais séculos dos que viverá esse pedaço<br />

de carne branca e este é o tratamento que você nos dá -disse Agnes.<br />

-Recebem o tratamento que merecem, Agnes. Lembre disso.<br />

Sholto se virou e me acariciou a mão em seu braço, mas seus olhos três<br />

vezes dourados ainda mantinham um rastro de frieza.<br />

Gethin apareceu ao lado do Sholto e fez uma reverência da calçada. Tinha<br />

umas orelhas tremendamente largas, como as de um burro.<br />

-O que queres de mim, mestre?<br />

-Lhes ajude a levar Nerys aos quartos.<br />

-Será um prazer.<br />

Gethin desenhou outro sorriso com seus dentes, enquanto suas orelhas lhe<br />

caíam emoldurando seu rosto quase como o de um cão ou como o de um<br />

coelho de orelhas bicudas. Se virou e se afastou em direção às bruxas.<br />

-Acredito que estou perdendo algo – eu disse.<br />

Envolveu-me a mão com a sua, que estava quente, enquanto seus robustos<br />

dedos se deslizavam entre meus.<br />

-Explicarei-lhe isso tudo quando chegarmos ao hotel.<br />

Havia um olhar em seus olhos que tinha conhecido em outros homens, mas<br />

não podia significar o mesmo. Sholto era um dos guardas da rainha, o qual

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