17.04.2013 Views

Meredith Gentry 1 - CloudMe

Meredith Gentry 1 - CloudMe

Meredith Gentry 1 - CloudMe

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Talvez não houvesse mais que essa única garrafa fora das cortes, mas se<br />

existia uma possibilidade, embora fosse mínima, de que os seres humanos,<br />

com ou sem a ajuda de uma sidhe, tivessem aprendido a fabricar as Lágrimas<br />

do Branwyn e estas estivessem à venda, teria que detê-lo.<br />

É obvio, existia outra possibilidade. A sidhe que tinha comprometido ao<br />

Norton nas violações mágicas podia ter repartido Lágrimas do Branwyn a<br />

muitos mais. Esta era certamente a situação mais provável das duas piores<br />

situações, mas não podia contar à polícia que havia outra sidhe implicada com<br />

o Alistair Norton. A gente não leva à polícia humana assuntos de sidhe, não se<br />

quer manter intactas todas as partes de seu corpo.<br />

A polícia detecta muito bem as mentiras ou talvez, para economizar tempo,<br />

parte da idéia de que todo mundo está mentindo. Seja como for, o detetive<br />

Alvera não gostou da minha história. Estava sentado em frente a mim, alto,<br />

sombrio, magro, com umas mãos tão grandes que pareciam desproporcionais<br />

em relação aos seus ombros estreitos. Seus olhos eram de um marrom sólido,<br />

com uma linha de escuras pestanas que faziam que te fixasse neles, embora<br />

possivelmente era só um efeito de meu estado atual. Jeremy tinha convocado<br />

uma defesa para me ajudar a controlar as Lágrimas. Tinha desenhado runas<br />

na minha testa com seu dedo e seu poder. A polícia não as via, mas eu as<br />

sentia como um fogo gelado se me concentrasse. Sem o feitiço do Jeremy, só<br />

a Deusa sabe o que eu teria feito até agora. Algo comprometedor e imoral, isso<br />

era certo. Mesmo protegida pelas runas estava muito consciente de todos os<br />

homens que havia no quarto.<br />

Alvera me olhou com olhos carinhosos e cheios de confiança. Observava o<br />

modo em que seus lábios formavam cada palavra, essa boca tão generosa,<br />

que convidava a que a beijasse.<br />

-Ouviu o que acabo de dizer, senhora NicEssus? Pisquei e me dava conta<br />

de que não.<br />

-Sinto muito, detetive. Poderia repetir.<br />

-Acredito que este interrogatório tenha acado, detetive Alvera- disse minha<br />

advogada-. É evidente que minha cliente está muito cansada e em estado de<br />

choque<br />

Minha advogada era uma sócia do James, Browning e Galan. Ela era<br />

Galan. Habitualmente, Browning se ocupava dos assuntos jurídicos da Agência<br />

de Detetives Grei. Acredito que Eileen Galan estava ali porque Jeremy tinha<br />

mencionado a parte do estupro. Uma mulher seria mais receptiva, ao menos<br />

em teoria.<br />

Sentou-se detrás de mim, vestida com um terninho escuro tão limpo e bem<br />

engomado que parecia novo. Seu cabelo loiro com toques de cinza mostrava<br />

uma permanente penteado perfeito; sua maquiagem era impecável. Até seus<br />

sapatos negros de salto alto brilhavam. Eram as duas da manhã, e Eileen tinha<br />

o aspecto de que acabava de tomar um café da manhã copioso e se sentia<br />

ansiosa por começar o dia.<br />

O olhar de Alvera subiu desde do prendedor do meu sutião encarando meus<br />

seios até, finalmente, meus olhos.<br />

-Não me parece que esteja em estado de choque, Dra.<br />

-Minha cliente foi violentada, detetive Alvera. Entretanto, não lhe levou a um<br />

hospital, nem foi examinada por um médico. O único motivo pelo que não<br />

denunciei estes fatos é a vontade da minha cliente de responder a suas<br />

perguntas e lhe ajudar em sua investigação. Francamente, estou começando a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!