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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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-Tenho medo de muitas coisas -disse Doyle, com uma voz acalmada e<br />

neutra. -A morte não é uma delas. Mas o anel de seu dedo é algo com o que<br />

sou cauteloso. Como conseguiu Beathalachd? Não tinha visto ser utilizado por<br />

ninguém há séculos.<br />

Sholto levantou a mão de maneira que o bronze escuro de seu anel brilhou<br />

fracamente. Era uma peça pesada de joalheria, e me teria observado ela se<br />

tivesse estado em seu dedo antes.<br />

-Foi um presente da rainha para mostrar sua bênção a esta caçada.<br />

-A rainha não te deu Beathalachd, ao menos não pessoalmente. -Doyle<br />

parecia muito seguro disso.<br />

-O que é Beathalachd? -Perguntei.<br />

-Vitalidade -disse Doyle-. Rouba a vida e a destreza de seu adversário,<br />

que é o único modo que tem Sholto de me vencer em uma batalha.<br />

Sholto se ruborizou. Considerava-se um sinal de debilidade utilizar magia<br />

alheia a para vencer a outro sidhe. O que Doyle devia dizer era que Sholto não<br />

poderia ganhar uma batalha em condições de igualdade e que tinha que fazer<br />

armadilhas. Mas não era fazer armadilhas: só ser pouco cavalheiresco. Pro<br />

inferno com o cavalheirismo, o importante é sair vivo. Isso era o que havia dito<br />

a todos os homens que tinha amado, incluindo meu pai, antes de qualquer<br />

duelo.<br />

-O anel demonstra que conto com o favor da rainha -disse Sholto, com a<br />

cara ainda corada.<br />

-O anel não chegou da mão da rainha à tua --disse Doyle-, nem mesmo a<br />

ordem de matar à princesa tampouco saiu de sua boca.<br />

-Sei quem fala pela rainha e quem não -disse Sholto, e a vez dele de<br />

parecer convincente.<br />

-De verdade? -Disse Doyle-. E se eu tivesse me dirigido a ti e tivesse te<br />

dado as ordens da rainha, teria acreditado?<br />

Sholto torceu a boca, mas assentiu.<br />

-É a Escuridão da Rainha. Quando sua boca se move, são suas palavras as<br />

que saem por ela.<br />

-Então, escuta estas palavras. A rainha quer a princesa <strong>Meredith</strong> viva e em<br />

casa.<br />

Não podia decifrar todos os pensamentos que se refletiam no rosto do<br />

Sholto, mas havia muitos. Tentei formular a pergunta que não queria responder<br />

ao Doyle.<br />

-A própria rainha te falou que viesse a Los Angeles e me matasse? Sholto<br />

me olhou. Era um olhar largo e condescendente, mas finalmente moveu a<br />

cabeça.<br />

-Não -disse.<br />

-Quem te disse que viesse a Los Angeles e matasse a princesa? -<br />

Perguntou Doyle.<br />

Sholto abriu a boca para responder, mas depois a fechou. A tensão se<br />

dissipou, e se separou do Doyle, baixando a espada.<br />

-Não, de momento reservarei para mim o nome do traidor.<br />

-Por quê? -Perguntei.<br />

-Porque a presença do Doyle aqui só pode significar uma coisa. A rainha<br />

quer que retorne a corte. -Olhou para o Doyle-. Tenho razão, certo?<br />

-Sim -disse Doyle.<br />

-Quer que eu retorne a corte?

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