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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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se tratava de um medo genérico, mas sim de um medo concreto, apoiado em<br />

algo além das histórias ou lendas.<br />

-Tiveste contato com o Hóspede?<br />

Assentiu e abriu a porta.<br />

-Possivelmente só tenhamos uma hora. Vamos embora daqui.<br />

Apoiei-me na porta e lhe impedi que a abrisse.<br />

-Isto é importante, Jeremy. Se tiver sido escravo de uma delas, então esta<br />

sidhe terá... Poder sobre você. Preciso saber o que aconteceu.<br />

Então fez algo que eu não esperava. Começou a desabotoar a camisa.<br />

Arqueei as sobrancelhas.<br />

-Não estarão lhe afetando ainda as Lágrimas do Branwyn? Então, sorriu.<br />

Não era seu sorriso habitual, mas mesmo assim supunha uma melhora.<br />

-Uma vez, fui protegido por um membro do Hóspede. -Apertou-se a gravata<br />

e o pescoço da camisa, mas desabotoou os botões, tirou a jaqueta, colocou-a<br />

sobre um braço, e se virou. -Me levante a camisa.<br />

Não queria levantar sua camisa. Sabia do que eram capazes meus<br />

familiares quando têm criatividade. Havia muitas possibilidades horríveis e não<br />

desejava ver nenhuma delas marcada na pele do Jeremy. Mas levantei o tecido<br />

cinza porque tinha que saber. Não gritei porque estava preparada. Chiar era<br />

um excesso.<br />

Suas costas estava coberta de cicatrizes de queimaduras, como se alguém<br />

o tivesse marcado com fogo uma e outra vez. Com exceção de que a marca<br />

tinha a forma de uma mão. Toquei suas cicatrizes, igual a dele que havia meio<br />

doído as minhas. Comecei a colocar minha mão sobre uma das marcas de<br />

mão, então duvidei e lhe adverti.<br />

-Quero colocar minha mão sobre uma das cicatrizes para ver seu tamanho.<br />

Assentiu.<br />

A mão era muito maior que a minha, muito maior que a marca de meu<br />

próprio corpo. Era uma mão de homem, com uns dedos mais grossos que os<br />

da maioria de sidhe.<br />

-Sabe o nome de quem lhe fez isso?<br />

-Tamlyn -disse. Parecia incômodo, e tinha que estar.<br />

Tamlyn era o nome mais habitual dos elfos. Tamlyn, junto ao Robin<br />

Goodfellow e duas ou três mais eram as típicas identidades falsas quando tinha<br />

que esconder meu nome verdadeiro.<br />

-Tinha que ser muito jovem para não suspeitar nada quando te impôs este<br />

nome –eu disse.<br />

Ele assentiu.<br />

-Era.<br />

-Posso comprovar sua aura?<br />

Sorriu-me por cima do ombro. O movimento lhe enrugou a pele das costas,<br />

fazendo que as cicatrizes desenhassem formas.<br />

-Aura é uma palavra nova. Os duendes não a utilizam.<br />

-Poder pessoal, então – eu disse, mas meu olhar estava fixo em suas<br />

costas. Levantei-lhe a camisa até os ombros. -Estava amarrado quando lhe<br />

fizeram isto?<br />

-Sim, por quê?<br />

-Pode colocar as mãos na postura em que foram atadas?<br />

Respirou como se queria perguntar porquê, mas finalmente se limitou a<br />

levantar as mãos sobre a cabeça e apoiou o corpo na porta. Levantou os

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