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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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ferida eram garras negras como as unhas de um grande pássaro. Os dentes<br />

que mostravam ao falar com esse som sibilante estavam concebidos para<br />

rasgar carne. Não podia as vencer em uma batalha corpo a corpo. Precisava<br />

as manter a distância, mas Sholto estava a ponto de apresentar-se e eu tinha<br />

que desaparecer antes de que isso acontecesse. Se chegasse, estava perdida.<br />

E não esta indo muito bem. Elas não podiam me fazer mal, eu estava cercada.<br />

Se saísse, as aves noturnas me atacariam em grupo, e logo as arpías ou o<br />

homem sorridente poderiam me agarrar. Estaria desarmada, ou algo pior, antes<br />

de que Sholto aparecesse.<br />

Não tinha magia ofensiva. Uma arma não podia matar a nenhuma delas, só<br />

as podia ferir e deter. Necessitava de uma idéia melhor, mas não me ocorria<br />

nenhuma. Tentei falar. Em caso de dúvida, fale. Nunca se sabe o que o inimigo<br />

pode deixar escapar em uma conversa.<br />

-Nerys a Cinza, Segna a Dourada e Agnes a Negra, suponho.<br />

-Quem é você? Stanley? -Disse Nerys.<br />

Sorri.<br />

-E ainda dizem que vocês não tem senso de humor.<br />

-Quem diz? -Perguntou.<br />

-Os sidhe – eu disse.<br />

-Você é uma sidhe - disse Agnes a Negra.<br />

-Acha que estaria aqui me escondendo de minha rainha se fosse uma sidhe<br />

completa?<br />

-O fato de que você e sua tia sejam inimigas te converte em uma louca<br />

suicida, mas não te faz nem um pouco menos sidhe. -Agnes estava de pé, bem<br />

rígida.<br />

-Não, mas o sangue de brownie de minha mãe sim. Acredito que a rainha<br />

perdoaria a mancha humana, mas não pode esquecer o resto.<br />

-É mortal -disse Segna-. Esse é o pecado imperdoável para uma sidhe.<br />

As minhas mãos começavam a intumescer. Os braços começariam a<br />

tremer. Tinha que disparar ou baixar a arma. Embora sustentasse a arma com<br />

as duas mãos, não podia manter a posição eternamente.<br />

-Há outros pecados que minha tia ache igualmente imperdoáveis –eu disse.<br />

-Como ter uma rede de tentáculos em meio de toda esta carne perfeita de<br />

sidhe - disse uma voz masculina.<br />

Movi a arma para a voz, sem tirar a vista das três bruxas. Logo teria tantos<br />

alvos em tantas direções distintas que seria impossível disparar em todos de<br />

uma vez. O mínimo movimento e a descarga de adrenalina tinham contribuído<br />

a mitigar a fadiga muscular. De repente me convenci de que podia manter a<br />

posição de disparo eternamente.<br />

Sholto estava de pé na calçada. Acredito que tentava sem êxito parecer<br />

inofensivo.<br />

-A rainha me disse isso em uma ocasião, que era uma lástima ter uma rede<br />

de tentáculos em meio de um dos corpos de sidhe mais perfeitos que tinha<br />

visto.<br />

-Muito bem. Minha tia é uma vadia. Todos sabemos. O que quer, Sholto?<br />

-Lhe chame pelo seu título -disse Agnes, enquanto sua voz cultivada<br />

mostrava um pouco de desgosto.<br />

Nunca prejudica ser educado, de modo que fiz o que ela pedia.<br />

-O que quer, Sholto, Senhor Daquilo que Acontece no Meio?<br />

-Ele é o rei Sholto. - Segna me cuspiu estas palavras, quase literalmente.

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