Meredith Gentry 1 - CloudMe

-Terá que levar a alguém à cama esta noite, Merry.
-Eu Sei.
Toquei seu rosto e o encontrei frio e ligeiramente impregnado de suor. Tinha
perdido muito sangue, nada fatal para um sidhe, mas essa noite estaria fraco
para muitas coisas, não só para o sexo.
-Se este foi seu castigo por desobedecer ao Cel, qual foi o castigo do
Barinthus?
-Lhe proibiu assistir ao banquete de esta noite -disse Frost. Ao ouvir isto,
arqueei as sobrancelhas.
-Galen é esmiuçado e Barinthus perde simplesmente o jantar?
-Cel tem medo do Barinthus, mas não teme ao Galen -disse Frost.
-Sou um menino muito agradável.
-Assim é -disse Frost.
-Pretendia ser uma brincadeira -disse Galen.
-Desgraçadamente -disse Doyle, -não tem graça.
-Não podemos permitir que a rainha continue esperando -disse Rhys. -
Pode caminhar?
-Me ponha de pé e caminharei.
Doyle e Frost o ajudaram a levantar-se.
Moveu-se com lentidão, como se as articulações lhe doessem, mas depois
de que o acompanhassem às portas mais longínquas, ficou a andar por seus
próprios meios. Estava se curando ante nossos olhos, e sua pele absorvia as
dentadas. Era como olhar um filme que mostrava as flores abrindo-se na
primavera.
O óleo contribuiu a acelerar o processo, mas sobre tudo era seu próprio
corpo. A surpreendente máquina de carne de um guerreiro sidhe. Horas
depois, as dentadas estariam curadas; dentro de poucos dias, o resto do dano
teria desaparecido também. Ao final de uns dias, Galen e eu sufocaríamos o
calor existente entre nós. Mas tinha que procurar a algum outro para essa
noite. Olhei aos outros três guardas como quem olha seus pertences, era como
ir a sua cozinha e comprovar que a despensa está cheia de suas bolachas
favoritas. Nenhum deles era um destino pior que a tortura. Só era questão de
escolher qual. Como decidir entre duas flores perfeitas quando não se trata de
amor? Não tinha a menor ideia. Possivelmente terminaria lançando uma moeda
ao ar.