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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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quatorze anos, mas não era com ele com quem meu pai me tinha<br />

comprometido. Porque Galen era um menino muito bonito, mas não se movia<br />

com destreza no campo da política para que meu pai confiasse em que viveria<br />

o bastante para ver-me crescer. Não, Galen falava quando o sábio era calar.<br />

Era uma das coisas que mais eu gostava dele sendo menina e que mais me<br />

assustavam quando cresci.<br />

Ficou a dançar comigo pelo corredor, ao som de uma música que só ele<br />

podia ouvir, mas eu quase a sentia quando o olhava nos olhos, e riscava com<br />

meu olhar a curva de seus lábios.<br />

-Estou encantado de te ver, Merry.<br />

-Nem posso falar – eu disse.<br />

Riu com uma risada muito humana. O que o fazia tão especial era a alegria<br />

do Galen, embora para mim sempre era algo especial.<br />

Me aproximou e sussurrou no meu ouvido:<br />

-Cortou o cabelo. Teu lindo cabelo.<br />

Lhe dei um delicado beijo na bochecha.<br />

-Já crescerá.<br />

Tinha só alguns jornalistas, porque não tinham tido suficiente informação<br />

para planejar um assalto de grande escala, mas a maioria deles traziam<br />

câmaras. As fotos da nobreza sidhe, especialmente fazendo algo pouco<br />

habitual, sempre encontravam um mercado. Deixamos que tirassem fotos<br />

porque não podíamos impedir. Utilizar magia contra eles constituíam um delito<br />

contra a liberdade de imprensa. Assim o tinha sentenciado o Supremo tribunal.<br />

Muitos repórteres que cobriam rotineiramente aos sidhe tinham poderes<br />

psíquicos, ou eram bruxos. Sabiam quando se utilizava magia sobre eles.<br />

Bastava uma denúncia para que acabasse envolta em uma demanda civil.<br />

Os elfos tinham duas posturas distintas frente aos repórteres. Alguns eram<br />

muito decorosos em público e nunca proporcionavam nada de interessante aos<br />

paparazzi. Galen e eu fomos dos que acreditavam que tínhamos que lhes dar<br />

algo para fotografar, algo sem importância para que não procurassem material<br />

mais sensacionalista. Sempre algo positivo, animado, interessante. Esta era a<br />

idéia da rainha Andam. Tinha estado trabalhando durante os últimos trinta<br />

anos, aproximadamente, para dar a sua corte uma publicidade melhor e mais<br />

positiva. Toda minha vida. Eu tinha aparecido com meu pai, celebrou-se uma<br />

cerimônia pública de comprometimento entre o Griffin e eu. Não existia vida<br />

privada se a rainha decretava que tinha que ser pública.<br />

Alguém coçou a garganta e eu olhei além do Galen para encontrar o<br />

Barinthus. Se Galen tinha um aspecto único, Barinthus parecia um<br />

extraterrestre. Seu cabelo era da cor do mar, dos oceanos. O turquesa do<br />

Mediterrâneo; o azul profundo do Pacífico; um azul cinzento tempestuoso como<br />

o oceano antes da tempestade, derivando para um azul virtualmente negro,<br />

como as águas abissais, como o sangue de gigantes adormecidos. As cores<br />

trocavam com a luz, fundindo-se entre eles como se não fosse cabelo. Sua<br />

pele era de um branco alabastro, como a minha; seus olhos, azuis, mas com<br />

duas frestas negras nas pupilas. Sabia que tinha uma membrana, o modo de<br />

segunda da pálpebra, que cobria seus olhos quando estava debaixo da água.<br />

Quando eu tinha cinco anos, me ensinou a nadar, e eu gostava que pudesse<br />

piscar duas vezes com o mesmo olho.<br />

Era mais alto que Galen, passava dos dois metros, como corresponde a um<br />

deus. Usava uma gabardina azul real aberta que deixava à vista um traje negro

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