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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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Havia uma pequena cômoda à altura da cintura. Use o bordo da cômoda<br />

para me pôr em pé, embora Alistair estava ali para me ajudar, muito solícito.<br />

Deixei a bolsa na esquina da cômoda, apertando duas vezes a asa para pôr<br />

em funcionamento a câmara oculta. Se a câmara funcionava captaria uma<br />

imagem quase perfeita da cama.<br />

Alistair me aproximou por detrás e me rodeou com os braços. Sem utilizar a<br />

força baixou meus aos flancos. Pretendia que isto fora um abraço. Em<br />

realidade, o pânico que sentia não se devia a ele. Tentei me relaxar, apertada a<br />

seu corpo, mas não podia. O poder era muito forte, e me impedia de me<br />

relaxar. Quão máximo podia fazer era não escapar.<br />

Beijou-me na bochecha e baixou seus lábios por minha pele.<br />

- Não leva maquiagem. –<br />

- Não necessito.- disse<br />

Voltei a cabeça justo para lhe animar a continuar me beijando a cara até o<br />

pescoço. Era o convite que necessitava para continuar seu caminho para<br />

baixo. Seus lábios se entretiveram em meu ombro, mas suas mãos se<br />

deslocaram até rodear minha cintura.<br />

- Muito bem, é um ser delicado. Posso-te abranger toda com minhas mãos.<br />

Apartei-me lentamente dele em direção à cama. Meus sentidos respiravam<br />

aquela magia. Tinha anos de prática em resistir a enormes quantidades de<br />

poder. Se a gente for sensível a estas coisas e não quer voltar louco, tem que<br />

se adaptar. A magia pode converter-se em uma espécie de ruído branco, como<br />

os sons da própria cidade, de maneira que só captam sua atenção quando te<br />

concentra.<br />

Estava de pé no tapete persa que rodeava a cama, tal e como Naomi a<br />

havia descrito. Não podia subir à cama porque sentia o círculo que havia<br />

debaixo do tapete como uma grande emano que me apartava. Era um círculo<br />

de poder, algo em cujo interior refugiar-se enquanto se faz um conjuro, de<br />

maneira que aquilo que convoca não entre e te devore; ou a gente podia<br />

convocar algo ao interior do círculo e ficar a salvo fora dele. Até que não<br />

sentisse o augúrio não saberia que tipo de círculo era, e tanto podia ser um<br />

escudo como um cárcere. Possivelmente nem sequer sabia vendo o augúrio e<br />

a construção do círculo. Conhecia a bruxaria das sidhe, mas existem outros<br />

tipos de poder, outras linguagens místicas com os que exercer magia. Podia<br />

não reconhecer nenhum deles, e então só haveria uma maneira de saber o que<br />

era o círculo...: Entrando nele.<br />

O verdadeiro problema era que alguns círculos estão construídos para<br />

manter às fadas em cativeiro, e uma vez dentro poderia ter problemas para<br />

sair. Se realmente enfrentávamos a um grupo de aprendizes provavelmente<br />

não tentariam nos capturar, mas nunca se sabe. Se a gente quiser algo com<br />

muita força, e não o pode tocar nem reter nunca, o amor pode degenerar em<br />

ciúmes mais destrutivos que qualquer ódio.<br />

Alistair afrouxou o nó da gravata enquanto me aproximava, desenhando nos<br />

lábios um sorriso de antecipação. Era extremamente arrogante, seguro de si<br />

mesmo e de que me tinha. Era muito tentador escapar para não ter que ver<br />

nunca mais aquela arrogância. Ainda não tinha feito nada ilegal, nem sequer<br />

nada místico. Era eu muito fácil? Reservava-se as técnicas místicas para as<br />

mais reticentes? Tinha que ser mais reticente? Ou mais agressiva? Do que<br />

serviria gravar alguma ação ilegal do Alistair Norton? Ainda tentava determinar

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