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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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Tinha que fazer algo para dissipar a tensão existente entre eles. Tinha visto<br />

começar muitos duelos por menos. Muito sangue, muita morte por estas coisas<br />

estúpidas.<br />

Toquei os dois cotovelos do Doyle e movi minhas mãos lentamente por<br />

seus antebraços.<br />

-Ver Keelin me tem quebrado o coração, tal e como Andais sabia, de modo<br />

que me leve ante a ela.<br />

Minhas mãos se deslizaram lentamente por seus braços, e observei que<br />

sua negra pele estava descoberta; usava manga curta debaixo da larga capa.<br />

-O país te recebe, pequena, e sua ousadia cresce -disse Doyle.<br />

-Não era ousadia, Doyle. -Minhas mãos estavam quase em seus punhos,<br />

quase no interior das chamas. Não havia calor para me avisar, só a lembrança<br />

de ver um homem retorcendo-se de dor e morrendo devorado por uma chama<br />

verde. -Isto é ousadia.<br />

Fiz duas coisas de uma vez. Levei minhas mãos para cima, ali onde estava<br />

a chama e soprei, como se estivesse apagando uma vela.<br />

As chamas se desvaneceram como se as tivesse apagado, mas não o tinha<br />

feito. Doyle as tinha apagado uma fração de segundo antes de que minha pele<br />

as tocasse.<br />

Estava o suficientemente perto para que, à luz da lua, pudesse ver que<br />

estava comovido e aterrorizado pelo que quase tinha feito.<br />

-Está louca.<br />

-Deu-me sua palavra de que chegaria à rainha sã e salva. Sempre mantém<br />

sua palavra, Doyle.<br />

-Confiou em que não te farei mal.<br />

-Confiei em seu sentido de honra, sim.<br />

Doyle voltou a olhar para o Cel e Siobhan. Keelin tinha se reunido com eles.<br />

Cel nos observava com uma expressão que indicava que quase acreditava que<br />

eu tinha feito exatamente o que parecia que tinha feito, apagar a chama do<br />

Doyle.<br />

Deixei uma mão no punho do Doyle e lancei um beijo para meu primo com<br />

minha mão livre.<br />

Saltou como se o beijo lhe tivesse golpeado. Keelin havia se agachado<br />

perto dele e estava me olhando, com olhos não de tudo amistosos.<br />

Siobhan se interpôs, e esta vez tirou sua espada, uma linha brilhante de<br />

gélido aço. Sabia que a mão era de osso lavrado, e a armadura, de bronze;<br />

mas, para matar, utilizava aço ou ferro. Tinha uma espada curta de bronze a<br />

seu lado, mas tinha tirado o fio de aço que levava em suas costas. Para a<br />

defesa, teria tirado o bronze, mas havia tirado a de aço. Queria matar.<br />

Resultava interessante saber que era honesta.<br />

Doyle me segurou os dois braços e se virou para que o olhasse.<br />

-Esta noite não quero lutar contra Siobhan porque assustaste a seu primo.<br />

Seus dedos me cravaram na pele e soube que me tinha machucado, mas ri.<br />

E minha risada soou com uma amargura que recordou a alguém, a alguém<br />

com olhos marrons sem lágrimas.<br />

-Não esqueça que também assustei Siobhan. Isto é muito mais<br />

impressionante que assustar Cel.<br />

Sacudiu-me com força.<br />

-E mais perigoso.

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