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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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-Não, por favor.<br />

-Qual o problema, Merry? -Perguntou.<br />

A luz se reduziu a um tênue resplendor. O corredor estava coberto de teias<br />

de aranha, como grandes cortinas de prata brilhante. Entre os fios se<br />

ocultavam umas aranhas pálidas e brancas, maiores que minhas duas mãos<br />

juntas, como fantasmas inchados.<br />

-Porque inclusive com dezesseis anos, era eu quem dizia basta. Já devia<br />

saber isso.<br />

-Uma pequena palmada e fico afastado para sempre do jogo. Carinho, isto é<br />

uma crueldade.<br />

-Não, é prático. Não quero acabar minha vida cravada em uma cruz de São<br />

André.<br />

É obvio, que o acabava de lhe dizer já não tinha sentido. Poderia contar-lhe<br />

e colocá-lo contra a parede nesse mesmo instante, e não haveria nenhum<br />

castigo. Ou isso havia dito Andais. Mas não confiava em minha tia. Só havia<br />

me dito que se suprimiu o celibato. Só tinha sua palavra de que Eamon sabia, e<br />

ele era seu consorte, sua criatura. O que aconteceria se colocasse o Rhys<br />

contra a parede e então ela mudasse de opinião? Não seria real, não seria<br />

seguro, até que anunciasse em público. Então, e só então, acreditaria nisso de<br />

verdade.<br />

Uma aranha grande e branca se aproximou do extremo da teia. Sua cabeça<br />

media no mínimo sete centímetros. Teria que passar justamente por debaixo<br />

daquela coisa.<br />

-Viu uma mulher mortal torturada até a morte por seduzir a um guarda e te<br />

lembra disso o resto de sua vida. Boa memória -disse Rhys.<br />

-Vi o que ordenou a seu torturador que lhe fizesse ao guarda que<br />

transgrediu a lei Rhys. Acredito que sua memória é muito curta. Detive-o me<br />

afastando do seu braço, justo antes de que tocasse a aranha. Podia convocar<br />

fogos fátuos, mas as aranhas não se sentiam impressionadas por eles.<br />

-Pode convocar a um pouco mais forte que fogos fátuos? -Perguntei.<br />

Olhei à aranha que esperava, com um corpo tão grande como meu punho.<br />

As teias de em cima de minha cabeça pareceram, de repente, mais pesadas, e<br />

começaram a curvar-se sob o peso dos corpos inchados, como uma rede<br />

carregada de pescado, ameaçando cair sobre minha cabeça.<br />

Rhys me olhou, desconcertado, depois olhou para cima como se sentisse<br />

que as espessas teia fossem ceder.<br />

-Nunca gostou das aranhas.<br />

-Não – eu disse, -nunca gostei.<br />

Rhys se moveu para a aranha que parecia estar me esperando. Deixou-me<br />

de pé no meio do corredor, escutando os pesados movimentos e olhando como<br />

se afundavam as teias. Não fez nada que eu pudesse ver. Simplesmente pôs<br />

um dedo no abdômen da aranha. Esta começou a escapar, mas em seguida se<br />

deteve abruptamente, e começou a agitar-se, suas patas se convulsionaram,<br />

estremeceu-se e rasgou a teia, de maneira que ficou pendurada sem poder<br />

fazer nada.<br />

Ouvia dezenas daqueles insetos correndo detrás de um lugar seguro em<br />

uma ruidosa retirada. As teia ondearam como um oceano posto de barriga para<br />

baixo pelo peso da desenfreada fuga. Tinha que haver centenas.<br />

O corpo branco da aranha começou a murchar-se, fechando-se sobre si<br />

mesmo como se o estivesse esmagando uma mão enorme. Aquele gordo

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