17.04.2013 Views

Meredith Gentry 1 - CloudMe

Meredith Gentry 1 - CloudMe

Meredith Gentry 1 - CloudMe

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

tinha feito mal, mas não era minha intenção. É obvio, que o mesmo fazendo<br />

sem querer não supunha que doesse menos.<br />

Tomei ar várias vezes naquela noite outonal, tentando não voltar a chorar.<br />

O ar era ainda tão doce como antes, mas tinha ido uma parte do prazer.<br />

-Sinto muito, <strong>Meredith</strong> -disse Barinthus.<br />

-Não o sinta por mim, Barinthus, não sou eu que está no extremo da correia<br />

do Cel.<br />

Galen me tocou o ombro e começou a me abraçar, mas lhe apartei.<br />

-Não, por favor. Se me consolar, chorarei.<br />

Esboçou um sorriso fugaz.<br />

-Tentarei lembrar disso para o futuro.<br />

Doyle se aproximou. Baixou o capuz, mas era virtualmente impossível dizer<br />

onde acabava seu cabelo negro e onde começava a capa. O que se via era<br />

que a parte frontal de seu cabelo estava recolhida em um pequeno coque no<br />

centro de sua cabeça, deixando amostra suas exóticas orelhas bicudas. Os<br />

brincos de prata brilhavam à luz da lua. Tinha trocado alguns por aros maiores,<br />

de maneira que chocavam entre si quando se movia, produzindo um leve<br />

tinido. Quando chegou a nossa altura observei que usava aros adornados com<br />

plumas, tão largas que lhe roçavam os ombros.<br />

-Barinthus, Galen, acredito que nosso príncipe lhes deu ordens.<br />

Barinthus deu um passo adiante para olhar a seu interlocutor. Se Doyle<br />

estava intimidado pela presença física do outro, não o mostrou.<br />

-O príncipe Cel disse que levaria <strong>Meredith</strong> à presença da rainha. Pareceume<br />

pouco sensato.<br />

Doyle assentiu.<br />

-Eu escoltarei <strong>Meredith</strong> até a rainha. -Olhou por cima do Barinthus até me<br />

encontrar. Era difícil afirmar na escuridão, mas me pareceu perceber um muito<br />

leve sorriso. -Acredito que nosso príncipe já teve suficiente de sua prima por<br />

hoje. Não sabia que podia invocar à Terra.<br />

-Não a invoquei. Me ofereceu ela mesma –eu disse.<br />

Ouvi-lhe tomar ar e expulsá-lo.<br />

-Ah, isso é distinto. Não é tão poderosa como os que podem apartar à<br />

Terra de seu curso, mas, em alguns aspectos, é mais desconcertante, porque o<br />

país te deu as boas-vindas. Reconhece-te. Interessante.<br />

Olhou ao Barinthus.<br />

-Acredito que lhes requer aos dois em outro lugar.<br />

Sua voz era muito sossegada, mas baixo estas singelas palavras se<br />

percebia algo escuro e ameaçador. Doyle sempre tinha podido controlar a seus<br />

homens com a voz, preferindo as mais doces palavras junto com as mais<br />

terríveis ameaça.<br />

-Tenho sua palavra de que não lhe fará nenhum dano? -Perguntou<br />

Barinthus.<br />

Galen se colocou ao lado do Barinthus. Tocou o braço do homem mais alto.<br />

Uma pergunta assim quase equivalia a questionar uma ordem. E isso podia lhe<br />

custar ser esfolado vivo.<br />

-Barinthus -disse Galen.<br />

-Dou-te minha palavra de que chegará sã e salva à presença da rainha.<br />

-Não é isso o que perguntei -disse Barinthus.<br />

Doyle se aproximou o suficiente de Barinthus para que sua capa se<br />

mesclasse com o casaco do homem mais alto.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!