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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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Olhou-me ao dizer essa última frase.<br />

-Não estou podendo mostrar muito de meus sentimentos, atualmente – eu<br />

disse.<br />

Pôs sua mão em minha testa. Sua mão estava muito quente, quase<br />

queimava.<br />

-Está fria, princesa. -Moveu a cabeça-. Eu deveria ter percebido antes. Está<br />

em choque. Não é grave, mas foi uma negligência por minha parte não detectálo.<br />

Você precisa se curar e se aquecer.<br />

Afastei minha mão dele. A sensação de seus dedos deslocando-se por<br />

minha pele à medida que me separava dele me obrigou a virar o rosto para que<br />

não me visse.<br />

-Dado que nenhum de nós pode curar mediante o tato, acredito que deverei<br />

me buscar algumas bandagens e comertores.<br />

-Posso curar mediante magia -disse.<br />

Olhei uma vez mais seu rosto inexpressivo.<br />

-Nunca vi você fazer isso na corte.<br />

-É um método mais... Íntimo que a imposição de mãos. Na corte há<br />

curandeiros muito mais poderosos que eu. Não há necessidade de minhas<br />

pequenas habilidades na área da cura. –Pegou minhas mãos-. Posso te curar,<br />

princesa. Ou prefere ir a emergências para que lhe deem pontos? De um modo<br />

ou outro terá que deter as hemorragias.<br />

Não tenho especial predileção pelos pontos, de maneira que pus minha<br />

mão na sua. Dobrou-me novamente o braço à altura do cotovelo, tomou a mão<br />

e enlaçamos nossos dedos. Minha pele branca contrastava com a sua, como<br />

uma pérola engastada em azeviche gentil. Colocou sua outra mão justo detrás<br />

de meu cotovelo para me sustentar o braço de um modo delicado mas firme.<br />

Dava-me conta de que não podia me se separar dele e não sabia como<br />

funcionava esta cura.<br />

-Me fará mal?<br />

Olhou-me.<br />

-Possivelmente, um pouco. -Começou a se curvar para meu braço como se<br />

fosse beijar a ferida.<br />

Coloquei minha mão livre em seu ombro, freando seu movimento. Sua pele<br />

era como seda quente.<br />

-Espera, como vais me curar, exatamente?<br />

Esboçou aquele leve sorriso.<br />

-Se esperar só uns segundos, verá.<br />

-Eu não gosto de surpresas – eu disse, com a mão ainda em seu ombro.<br />

Sorriu e negou com a cabeça.<br />

-Muito bem. -Mas seguia me segurando, como se já tivesse decidido me<br />

curar por bem ou por mal. -Sholto te disse que um de meus nomes é Barão<br />

Língua Doce.<br />

-Lembro-me – eu disse.<br />

-Supôs que tinha conotações sexuais, mas não é assim. Posso curar a sua<br />

ferida, mas não com as mãos.<br />

Olhei-lhe durante uns segundos.<br />

-Está dizendo que cicatrizará a ferida lambendo-a?<br />

-Sim.<br />

Continuei lhe olhando.

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