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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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maneira em que a luz das velas brilhava em seu membro. Não tinha pensado<br />

nele durante anos, e nesse momento podia degustá-lo em meus lábios.<br />

Durante essa noite, enquanto durasse o azeite, podia atuar como um<br />

duende menor, ou como uma sidhe humana, dar e receber prazer de qualquer<br />

modo. Era um grande presente, mas como a maioria de presentes de conto de<br />

fadas, tinha um dobro fio. Porque o humano ou o duende passariam o resto de<br />

sua vida desejando este poder, este toque. Um ser humano podia desperdiçar<br />

sua vida e morrer por sua carência. Roane era um duende sem sua magia,<br />

sem sua pele de foca. Não tinha magia própria que lhe protegesse do que as<br />

Lágrimas podiam lhe fazer.<br />

Eu sabia o muito que desejava o contato de outro sidhe, mas até esse<br />

momento não me tinha dado conta de até que ponto. Se Griffin tivesse estado<br />

na outra habitação, me teria arrojado a por ele. À manhã seguinte poderia lhe<br />

haver parecido uma faca no coração, mas essa noite, me teria entregue a ele.<br />

Ouvi o Roane na entrada, detrás de mim, mas não me voltei. Não queria lhe<br />

ver ali de pé. Não estava segura de se minha maltratada força de vontade seria<br />

capaz de resisti-lo. O dianteiro do vestido estava rasgado, destroçado, mas não<br />

me podia baixar a cremalheira.<br />

-Pode me baixar a cremalheira, por favor?<br />

Minha voz soou estrangulada como se tivesse que arrancar as palavras de<br />

meus lábios. Acredito que era porque o que queria dizer era «tome, minha fera<br />

selvagem», mas isso carecia de dignidade e Roane merecia algo melhor que<br />

ser abandonado necessitado, desejando para sempre algo que não poderia<br />

voltar a tocar nunca mais. Podia deixar cair meu encanto e me deitar com ele<br />

depois dessa noite, mas cada noite que me tocasse de verdade só aumentaria<br />

meu vício.<br />

Baixou-me a cremalheira e eu me separei dele.<br />

-Minha pele está lubrificada com as Lágrimas. Não me toque.<br />

-Nem sequer com as luvas postas? -Perguntou.<br />

Tinha esquecido as luvas cirúrgicas.<br />

-Não, suponho que com as luvas estará a salva.<br />

Tirou-me o vestido pelos ombros, lenta e delicadamente, como se temesse<br />

me tocar. Tirei os braços, mas a malha estava tão pesada pelo azeite que o<br />

vestido não escorregava. Pegava-se para mim como uma mão grosa e pesada.<br />

Sugava-me a pele enquanto me desprendia dele. Roane me ajudou a me tirar o<br />

vestido úmido dos quadris, ajoelhando-se para que pudesse sair dele. Ainda<br />

levava os saltos e me amaldiçoava por não haver me tirado isso antes. Tinha<br />

fechado os olhos para não lhe ver enquanto me ajudava a me despir. Toquei<br />

seu ombro em busca de um ponto de apoio e quase me caí de todos os modos<br />

ao sentir que tocava sua pele nua.<br />

Abri os olhos e o encontrei ajoelhado ante mim, nu salvo pelas luvas.<br />

Separei-me dele com tanta violência que caí de culo na banheira, com uma<br />

mão diante de mim para lhe manter afastado. Estava sentada em um par de<br />

centímetros de água e batalhava com o grifo para fechá-lo. Embora<br />

possivelmente teria que havê-la deixado correr e me inundar nela.<br />

Roane ria.<br />

-Acreditei que te poderia baixar a cremalheira antes de que te desse conta,<br />

mas não sabia que tinha fechado os olhos.

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