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se devia me comportar como a virgem reticente ou como uma puta ansiosa e<br />
agressiva quando já o tinha diante. Tinha acabado meu tempo.<br />
Inclinou-se para me beijar, eu levantei a cabeça e me pus nas pontas dos<br />
pés, me apoiando em seus braços. Seus bíceps se flexionaram sob minhas<br />
mãos, contraindo-se sob a jaqueta. Não acredito que fora consciente disso, fezo<br />
por puro costume. Beijou-me como parecia que o fazia tudo, com muita<br />
prática e uma habilidade delicada. Seus braços rodearam minha cintura.<br />
Apertou-me contra seu corpo e me levantou do chão. Começou a me levar para<br />
o círculo. Impedi que continuasse me beijando para dizer «espera, espera»,<br />
mas minha respiração se deteve um segundo e nos encontramos do outro lado,<br />
dentro do círculo. Era como estar no olho de um furacão. Dentro do círculo se<br />
estava tranqüilo, era o lugar mais tranqüilo que tinha sentido em toda a casa.<br />
Aquela rigidez que me era desconhecida se aliviava ali à altura de meus<br />
ombros e de minhas costas.<br />
Alistair me agarrou pelas pernas e me levo a cama. Quando estávamos<br />
perto do centro da cama, depositou-me nela e ficou de joelhos, me olhando de<br />
acima. Mas levava três anos trabalhando com o Uther, e um e oitenta não era<br />
nada quando comeste com alguém que mede quatro metros.<br />
Não acredito que me mostrasse suficientemente impressionada porque<br />
Alistair tirou a gravata e a atirou à cama, deslocando os dedos para os botões.<br />
Ia despir se primeiro. Estava surpreendida. Um obsesso do controle<br />
normalmente quer que sua vítima se dispa em primeiro lugar. Tirou-se a<br />
jaqueta e a camisa, e se levava as mãos ao cinturão antes de que eu pudesse<br />
pensar o que devia fazer. Lhe pedir que fora mais devagar me pareceu uma<br />
boa opção.<br />
Sentei-me e lhe toquei as mãos.<br />
- Devagar. Me deixe desfrutar de como é nu. Vai tão depressa que parece<br />
que tem outro encontro depois.<br />
Agarrei-lhe as mãos, lhe esfregando a pele, abraçando seus braços nus.<br />
Concentrei-me nos cabelos de seus antebraços e em como se arrepiavam<br />
quando os tocava. Se me concentrava só nas sensações físicas, podia<br />
conseguir que meus olhos mentissem ou como mínimo mostrassem um<br />
interesse genuíno. O segredo era não pensar muito em quem estava tocando.<br />
- Só tenho você esta noite, Merry. – Me colocou de joelhos e deslocou suas<br />
mãos por meu cabelo, moldando-o com seus dedos de maneira que podia<br />
agarrar minha cara entre suas grandes mãos-. Não haverá ninguém mais para<br />
nenhum dos dois esta noite, Merry.<br />
Eu não gostei de como tinha divulgado a frase, mas foi seu primeiro<br />
comentário de psicopáta, de maneira que estava fazendo bem. - O que quer<br />
dizer, Alistair? Fugimos a Las Vegas? Sorriu, agüentando ainda minha cara,<br />
me olhando aos olhos como se quizesse memorizar a cor.<br />
- O casamento é só uma cerimônia, mas esta noite te mostrarei o que<br />
significa ser fiel a um homem.<br />
Levantei uma sobrancelha antes de poder me recuperar e consciente de<br />
que minha cara já mostrava o que dizia, comentei:<br />
- Tem uma alta opinião de você mesmo.<br />
- Não é orgulho vão, Merry.<br />
Beijou-me meigamente, depois se arrastou até o travesseiro da cama.<br />
Empurrou a madeira, e se abriu uma pequena porta. Um compartimento<br />
secreto, que engenhoso! Voltou com uma bolinha de cristal nas mãos. Era um