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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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enluvado na ferida e o tirou com uma gota de meu sangue. Pôs o dedo para<br />

baixo para que a gotas caísse tremente ao chão.<br />

-Quero que saiba algo, sobrinha. Seu sangue é meu sangue, e este é o<br />

único motivo pelo que me importa o que te aconteça. Não me importa se você<br />

gosta ou não o que planejei para ti. Necessito que continue nossa linhagem<br />

sangüínea, mas se não contribuir a isso, não te necessito.<br />

Retirou a faca muita devagar, até deixá-lo a cinco centímetros de minha<br />

pele. Colocou a folha contra minha bochecha, com a ponta perigosamente<br />

perto de meus olhos. Notava o pulso na língua, e me tinha esquecido de<br />

respirar. Ao ver sua cara, soube que podia me matar assim, sem mais.<br />

-O que não me serve, desprezo, <strong>Meredith</strong>. -Apertou a folha contra minha<br />

pele; quando piscava, a ponta da faca me roçava as pestanas, -Escolherá a<br />

alguém para te deitar com ele esta noite. Não me importa quem. Posto que<br />

invocaste direitos de virgem, é livre de voltar para Los Angeles, mas terá que<br />

escolher a algum de meus guardas para que te acompanhe. Assim lhes olhe<br />

esta noite, <strong>Meredith</strong>, com esses teus olhos de esmeralda, verde e ouro, esses<br />

olhos da corte da Luz, e escolhe. -Colocou sua cara ao lado da minha, tão<br />

perto que teria podido me beijar. Murmurou as últimas palavras em minha<br />

boca. -Foda a um esta noite, <strong>Meredith</strong>, porque se não o faz, amanhã de noite<br />

entreterá a corte com um grupo a minha escolha. -Sorriu, e era o sorriso que<br />

aparecia em seu rosto quando pensava em algo perverso e doloroso. -No<br />

mínimo um dos que escolha tem que ser de suficiente confiança, para que<br />

espie para mim se retornar a Los Angeles.<br />

Minha voz saiu em um sussurro.<br />

-Tenho que me deitar com seu espião?<br />

-Sim -disse.<br />

A ponta do fio se moveu um pouco mais, aproximando-se tanto que me<br />

nublou a visão, e resisti a piscar, porque se o fazia a ponta da faca se cravaria<br />

em minha pálpebra.<br />

-Está de acordo, sobrinha? Está tudo bem que te faça dormir com meu<br />

espião?<br />

Eu disse a única coisa que podia dizer.<br />

-Sim, tia Andais.<br />

-Escolherá a seu pequeno harém esta noite, no banquete?<br />

Meus olhos não pestanejavam, mas sentia a necessidade de fazê-lo.<br />

-Sim, tia Andais.<br />

-Deitará-te com alguém esta noite antes de retornar às terras do oeste?<br />

Abri mais os olhos e me concentrei em sua cara, em lhe olhar à cara. A faca<br />

era uma parte de aço que me tampava virtualmente toda a visão do olho<br />

direito, mas ainda podia ver, ainda via sua cara por cima de mim como uma lua<br />

grafite.<br />

-Sim -sussurrei.<br />

Apartou-me a faca da cara e disse:<br />

-Assim. Era tão difícil?<br />

Apoiei-me contra a parede, com os olhos fechados. Mantinha-os fechados,<br />

porque não podia dissimular a raiva que sentia, e não queria que Andais visse.<br />

Queria sair dessa habitação, nada mais que sair dessa habitação e me afastar<br />

dela.<br />

-Chamarei o Rhys para que te acompanhe até o banquete. Parece um<br />

pouco agitada. -Riu.

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