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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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-Recupera o costume rapidamente. Não quero que resulte ferida por não te<br />

haver escondido detrás de nós. Nosso trabalho é assumir os riscos e te manter<br />

a salvo.<br />

Apertou o botão de abertura da porta.<br />

-Sei, Barinthus.<br />

-E mesmo assim foste sair ao corredor -disse.<br />

Galen olhou a ambos os lados com muito cuidado e a seguir, saiu do<br />

elevador.<br />

-Não há nada.<br />

Fez uma pequena reverência. A trança escorregou sobre seu ombro até<br />

tocar o chão. Lembrança quando seu cabelo se derramava como uma cascata<br />

verde até seus pés. Havia uma parte de mim que pensava que assim é como<br />

deveria ser o cabelo de um homem. O bastante comprido para tocar o chão.<br />

Suficientemente comprido para cobrir meu corpo como um lençol de seda ao<br />

fazer amor. Chorei quando o cortou, mas não era assunto de minha<br />

incumbência.<br />

-Te levante, Galen. -Comecei a caminhar pelo corredor, com a chave na<br />

mão.<br />

Estava de pé e corria e dançava pelo corredor para ficar diante de mim.<br />

-OH, não, minha senhora. Eu que devo abrir a fechadura.<br />

-Para, Galen. Digo-o a sério.<br />

Barinthus nos seguiu tranqüilamente, com a mala na mão, como um pai que<br />

vê a seus filhos já crescidos comportando-se de maneira inadequada. Não, não<br />

nos fazia o menor caso, quase igual a antes com o Jenkins. Voltei a olhá-lo,<br />

mas não pude ler nada naquela cara pálida, reservada e impenetrável. Houve<br />

uma época em que ria mais, sorria mais, verdade? Lembrava-me de seus<br />

braços me levantando da água em meio de uma gargalhada, com seu cabelo<br />

flutuando sobre seu corpo como uma nuvem. Me teria submerso nessa nuvem,<br />

me teria levado a ela com minhas mãozinhas. Tínhamos rido juntos. A primeira<br />

vez que nadei no Pacífico, pensei no Barinthus. Queria lhe mostrar aquele<br />

vasto oceano novo. Que eu soubesse, ele não o tinha visto nunca.<br />

Galen me aguardava ante a porta. Detive-me e esperei a que Barinthus me<br />

alcançasse.<br />

-Parece muito sério hoje Barinthus.<br />

Olhou-me com aqueles olhos e a segunda pálpebra pestanejou. Estava<br />

nervoso. Tinha medo de mim? Ele tinha gostado do anel, e não tinha gostado<br />

do feitiço do carro. Mas não tinha lhe desagradado muito, nem tinha lhe<br />

impressionado muito, como se fosse algo normal. De algum jeito, sim o era.<br />

-O que acontece, Barinthus? O que é que ainda não me disse?<br />

-Confia em mim, <strong>Meredith</strong>.<br />

Agarrei sua mão livre com as minhas, e desloquei meus dedos pelos seus.<br />

Minha mão estava perdida na sua.<br />

-Confio em ti, Barinthus.<br />

Sustentou minha mão delicadamente como se temesse quebrá-la.<br />

-<strong>Meredith</strong>, minha pequena <strong>Meredith</strong>. -Sua cara se enterneceu ao falar. -<br />

Sempre foste uma mescla de franqueza, orgulho e ternura.<br />

-Já não sou tão tenra como antes, Barinthus.<br />

Assentiu.<br />

-Desgraçadamente, o mundo tenta te arrebatar estas qualidades.

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