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Meredith Gentry 1 - CloudMe

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-Que notícias, Doyle? -Perguntei.<br />

-Será a rainha quem terá o prazer de lhe dar isso não eu.<br />

-Então, deixa de fazer insinuações -adverti-lhe. -Não é próprio de ti.<br />

Fez um gesto de negação com a cabeça, e um sorriso se abriu em seu<br />

semblante.<br />

-Não, suponho que não. Depois de que a rainha tenha te dado sua notícias,<br />

explicarei-te a mudança de minha conduta. -Seu rosto ficou sóbrio e<br />

lentamente recuperou sua habitual máscara de ébano. -Está bem assim?<br />

Olhei-o, lhe estudando o rosto até que desapareceu dele qualquer vestígio<br />

de humor. Assenti.<br />

-Suponho que sim.<br />

Ofereceu-me o braço.<br />

-Se afaste e tomarei seu braço – eu disse.<br />

-O que é o que se preocupa tanto de me ver assim?<br />

-Insististe muito em que a noite de ontem não existiu, em que não<br />

voltaríamos a falar dela, e agora volta a flertar. O que mudou?<br />

-Se disser que é o anel de seu dedo, entenderia?<br />

-Não – eu disse.<br />

Sorriu, desta vez brandamente, quase como sua habitual curvatura de<br />

lábios. Voltou a acomodar a capa, de maneira que só sua mão me sobressaía<br />

da grossa malha.<br />

-Melhor?<br />

Assenti.<br />

-Sim, obrigado.<br />

-Agora, pegue o meu braço, princesa, e me permita o prazer de te conduzir<br />

ante nossa rainha.<br />

Sua voz era lisa, sem emoções, vazia de significado. Quase teria preferido<br />

ouvir a densa emoção do momento anterior. Agora suas palavras<br />

simplesmente ficavam aí. Podiam significar muitas coisas ou nada<br />

absolutamente. As palavras sem a cor da emoção logo que servem de nada.<br />

-Não tem nenhum tom de voz intermediário entre esse amargo vazio e a<br />

alegre condescendência? -Perguntei.<br />

Apareceu em seus lábios um ligeiro sorriso.<br />

-Tentarei encontrar um... tom intermediário entre os dois.<br />

Desloquei meus braços cuidadosamente por seu braço, e a capa ficou<br />

apertada entre nossos corpos.<br />

-Obrigado – eu disse.<br />

-De nada.<br />

Sua voz era ainda vazia, mas havia nela uma delicada faísca de calor.<br />

Doyle havia dito que tentaria encontrar um tom intermediário, e estava se<br />

esmerando nisso. Uma estranha disposição.

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