17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

58 - 0003651-78.2010.4.02.5050/01 (2010.50.50.003651-3/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) INSTITUTO NACIONAL DO<br />

SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: ANA PAULA BARRETO MONTEIRO ROTHEN.) x MARIA LUCIA CUSINI<br />

(DEF.PUB: Karina Rocha Mitleg Bayerl.).<br />

RECURSO DE SENTENÇA Nº 0003651-78.2010.4.02.5050/01<br />

RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

RECORRIDO: MARIA LUCIA CUSINI<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />

EMENTA<br />

RECURSO INOMINADO - PREVIDENCIÁRIO – AUXILIO-DOENÇA – INCAPACIDADE DEFINITIVA CONSTATADA POR<br />

LAUDO PERICIAL – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – NÃO CONFIGURAÇÃO DA PERDA DA QUALIDADE DE<br />

SEGURADA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA.<br />

1. Trata-se de recurso inominado interposto pelo INSS, ora recorrente, em face da sentença de fls. 89/91, que julgou<br />

procedente o pleito autoral e condenou a autarquia previdenciária a conceder o benefício de auxílio-doença à autora, com<br />

DIB em 29/01/2010 (DER), até 02/11/2010, e aposentadoria por invalidez a partir de 03/11/2010. Insurge-se o recorrente<br />

sob o argumento de que a incapacidade da autora, ora recorrida, tem origem em momento anterior ao seu reingr<strong>es</strong>so no<br />

regime geral de previdência social, razão pela qual não faria jus ao benefício deferido na sentença impugnada. Assim,<br />

postula pela reforma da sentença. Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> às fls.105/111.<br />

2. Primeiramente, cabe d<strong>es</strong>tacar que o auxílio-doença, como se ex<strong>tr</strong>ai do artigo 59, caput, da Lei 8.213/91, será devido ao<br />

segurado que, tendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu <strong>tr</strong>abalho ou<br />

para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. De seu turno, aposentadoria por invalidez, por força<br />

do disposto no art.42 da Lei n.º 8.213/91, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao<br />

segurado que, <strong>es</strong>tando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o<br />

exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer n<strong>es</strong>ta condição.<br />

3. No caso sob apreço, é possível verificar que a perícia produzida nos autos (fls. 66/67) comprova que a autora é portadora<br />

de sequelas grav<strong>es</strong> de hanseníase wirchoviana-neurite hanseniana e mal perfurante plantar (r<strong>es</strong>posta ao qu<strong>es</strong>ito 01).<br />

Asseverou o perito que a incapacidade provavelmente teria se iniciado no ano de 2003, informando, ainda, que a<br />

incapacidade é total para o exercício de qualquer atividade laborativa e definitiva, pois m<strong>es</strong>mo fazendo <strong>tr</strong>atamento, as<br />

seqüelas vêm se agravando.<br />

4. Em análise do feito, entendo que a sentença a quo não merece reparos, uma vez que a perda da qualidade de segurado,<br />

como se sabe, ocorre no dia dez<strong>es</strong>seis do segundo mês seguinte ao término do período de graça. A perícia judicial apenas<br />

fixou, como data provável do início da incapacidade, o ano de 2003, afirmando, ainda, que as l<strong>es</strong>õ<strong>es</strong> têm progredido<br />

(r<strong>es</strong>postas aos qu<strong>es</strong>itos 07 e 08). D<strong>es</strong>te modo, ao compulsar os autos, considerando que a própria autarquia previdenciária<br />

(fl. 83) fixou a data de início da doença em 01/01/2003 e que a autora efetuou sua última con<strong>tr</strong>ibuição em 11/2001 (fl.<br />

85/86), não há que se falar em perda da qualidade de segurado, pois, n<strong>es</strong>s<strong>es</strong> termos, a parte autora manteve sua qualidade<br />

de segurada até 16/01/2003.<br />

5. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida por seus próprios fundamentos (art. 46 da Lei 9.099/95).<br />

6. Sem custas (art. 4º, I, da Lei 9.289/96). Condenação do recorrente vencido ao pagamento de honorários advocatícios,<br />

arbi<strong>tr</strong>ados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/95.<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal<br />

dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e,<br />

no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a fazer parte integrante do<br />

pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

59 - 0005832-52.2010.4.02.5050/01 (2010.50.50.005832-6/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) AGRECIMAR FAUSTINO DA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!