17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

5 - 0001253-92.2009.4.02.5051/01 (2009.50.51.001253-9/01) CELSO FLORINDO DA SILVEIRA (ADVOGADO:<br />

CLEUSINEIA L. PINTO DA COSTA, ANTONIO JOSE PEREIRA DE SOUZA.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO<br />

SOCIAL - INSS (PROCDOR: Luciano José Ribeiro de Vasconcelos Filho.).<br />

RECURSO DE SENTENÇA Nº 0001253-92.2009.4.02.5051/01<br />

RECORRENTE: CELSO FLORINDO DA SILVEIRA<br />

RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />

EMENTA<br />

RECURSO INOMINADO. PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE<br />

PARCIAL E DEFINITIVA RECONHECIDA NO LAUDO PERICIAL DO JUÍZO. CONDIÇÕES PESSOAIS INSUFICIENTES<br />

PARA GARANTIR A IMPOSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA<br />

MANTIDA.<br />

Cuida-se de recurso inominado interposto pelo autor em face da sentença de fls. 78/80, que julgou parcialmente procedente<br />

o pedido autoral e condenou o INSS a conceder o benefício auxílio-doença d<strong>es</strong>de a data do requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo<br />

(18/05/2009). O autor, em suas razõ<strong>es</strong> recursais (fls. 81/87), alega possuir incapacidade definitiva para o exercício de<br />

qualquer atividade profissional que lhe garanta a subsistência, pelo que faria jus à aposentadoria por invalidez.<br />

Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> do INSS às fls. 89/92.<br />

O auxílio-doença, conforme o artigo 59 da Lei 8.213/91, será devido ao segurado que, tendo cumprido, quando for o caso, o<br />

período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu <strong>tr</strong>abalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze)<br />

dias consecutivos. Por sua vez, a aposentadoria por invalidez, segundo o artigo 42 da Lei 8.213/91, será devida ao<br />

segurado (tendo cumprido, quando for o caso, a carência exigida) que, <strong>es</strong>tando ou não em gozo de auxílio-doença, for<br />

considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á<br />

paga enquanto permanecer n<strong>es</strong>ta condição.<br />

O recurso do autor não merece provimento. O laudo pericial de fls. 58/59 é salutar ao concluir que o autor encon<strong>tr</strong>a-se<br />

acometido por “ou<strong>tr</strong>as mononeurapatias dos membros superior<strong>es</strong> (unilateral) (CID 10 G 56.8)”, d<strong>es</strong>crevendo o perito que o<br />

autor possui hipo<strong>tr</strong>ofia muscular acentuada no membro superior direito, com redução acentuada da força de apreensão.<br />

Contudo, o perito afirma, categoricamente, que a incapacidade possui natureza parcial, sendo definitiva apenas para a<br />

atividade de lavrador.<br />

Compulsando os autos, observo que o autor já exerceu ou<strong>tr</strong>as atividad<strong>es</strong> profissionais, além da de lavrador. Com efeito, a<br />

CTPS de fl. 14 indica ou<strong>tr</strong>as profissõ<strong>es</strong>, tais como a de <strong>es</strong>tampador e de auxiliar de obras. D<strong>es</strong>se modo, in casu, entendo<br />

que, por ora, não se pode concluir pela impossibilidade reabilitação do autor para ou<strong>tr</strong>a função hábil a lhe garantir a<br />

subsistência. Além disso, verifico que o recorrente conta, atualmente, com apenas 37 (<strong>tr</strong>inta e sete) anos de idade, não se<br />

podendo supor, ainda, que possua baixo nível de <strong>es</strong>colaridade. Assim, as demais condiçõ<strong>es</strong> p<strong>es</strong>soais do autor também não<br />

são suficient<strong>es</strong> para ilidir a conclusão pericial, motivo pelo qual não há que se falar em conc<strong>es</strong>são de benefício de<br />

aposentadoria por invalidez.<br />

Assim, a parte autora, ora recorrente, não logrou êxito em <strong>tr</strong>azer aos autos provas robustas, que pud<strong>es</strong>sem se sobrepor ao<br />

laudo pericial, que goza de pr<strong>es</strong>unção de veracidade.<br />

Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />

Condenação da recorrente vencida ao pagamento de custas proc<strong>es</strong>suais e de honorários advocatícios, cujo valor,<br />

considerada a complexidade da causa, arbi<strong>tr</strong>o em R$ 100,00 (cem reais). Contudo, ante a assistência judiciária gratuita<br />

deferida à fl. 27, suspendo a exigibilidade de tais verbas sucumbenciais, nos termos do art. 12 da Lei n.º 1.060/50.<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e, no mérito,<br />

NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente<br />

julgado.<br />

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

6 - 0000399-32.2008.4.02.5052/01 (2008.50.52.000399-3/01) MARINALDO VITORIO CARLOS (ADVOGADO: EDGARD<br />

VALLE DE SOUZA.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: JAILTON AUGUSTO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!