boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.165 - Justiça Federal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ACÓRDÃO<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal<br />
dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e,<br />
no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
BRUNO DUTRA<br />
Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />
61 - 0002272-05.2010.4.02.5050/01 (2010.50.50.002272-1/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) CLAUDIO JOSE FERREIRA<br />
(ADVOGADO: ANTONIO SERGIO BROSEGUINI, DICK CASTELO LUCAS.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO<br />
SOCIAL - INSS (PROCDOR: LILIAN BERTOLANI DO ESPÍRITO SANTO.).<br />
RECURSO DE SENTENÇA Nº 0002272-05.2010.4.02.5050/01<br />
RECORRENTE: CLAUDIO JOSÉ FERREIRA<br />
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />
RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />
EMENTA<br />
RECURSO INOMINADO – PREVIDENCIÁRIO – AUXÍLIO-DOENÇA – INAPTIDÃO LABORAL CONSTATADA EM PERÍCIA<br />
MÉDICA REGULAR – INCAPACIDADE PREEXISTENTE À FILIAÇÃO AO RGPS – BENEFÍCIO INDEVIDO – RECURSO<br />
CONHECIDO E IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA<br />
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora, ora recorrente, em face da sentença de fls. 64/65, que julgou<br />
improcedente o pleito autoral de conc<strong>es</strong>são do benefício previdenciário de auxílio-doença. Em razõ<strong>es</strong> de recurso, o autor<br />
sustenta que não se encon<strong>tr</strong>ava incapacitado quando voltou a verter con<strong>tr</strong>ibuiçõ<strong>es</strong> ao RGPS. Assim, diante do<br />
reconhecimento da incapacidade laborativa pelo perito do juízo, afirma fazer jus ao benefício de auxílio-doença.<br />
Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> às fls. 76/78.<br />
2. A sentença merece ser mantida por seus próprios fundamentos (art. 46, da Lei 9.099/95).<br />
3. Inicialmente, cabe d<strong>es</strong>tacar que o auxílio-doença, como se ex<strong>tr</strong>ai do artigo 59, caput, da Lei 8.213/91, será devido ao<br />
segurado que, tendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu <strong>tr</strong>abalho ou<br />
para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Por ou<strong>tr</strong>o lado, o parágrafo único do m<strong>es</strong>mo<br />
dispositivo r<strong>es</strong>salva que ”não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já<br />
portador da doença ou da l<strong>es</strong>ão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo<br />
de progr<strong>es</strong>são ou agravamento d<strong>es</strong>sa doença ou l<strong>es</strong>ão”.<br />
4. Em exame clínico pericial (fls. 37/41), o jusperito constatou que o autor padece de insuficiência coronariana, diabet<strong>es</strong> do<br />
tipo II e hipertensão arterial, pelo que concluiu <strong>es</strong>tar incapacitado temporariamente para o exercício de suas atividad<strong>es</strong><br />
laborativas, sendo certo que as l<strong>es</strong>õ<strong>es</strong> coronarianas devem ser corrigidas por meio de angioplastia. Informou, ainda, que a<br />
data <strong>es</strong>timada para o início da incapacidade para o <strong>tr</strong>abalho é a de 04/09/2009, tendo em vista a data de realização dos<br />
exam<strong>es</strong> de cineangiocoronariografia e ven<strong>tr</strong>iculografia apr<strong>es</strong>entados pelo autor.<br />
5. Assentadas <strong>es</strong>sas premissas, verifica-se que os documentos às fls. 50/56 revelam que o autor deixou de verter<br />
con<strong>tr</strong>ibuiçõ<strong>es</strong> ao RGPS em junho/2002, voltando a efetuar recolhimentos apenas em outubro/2009 (competência:<br />
setembro/2009), quando recuperou a qualidade de segurado. Ocorre que, conforme conclusão do perito do juízo, a<br />
incapacidade do autor teve início em 04/09/2009, em decorrência de doença coronariana, o que demons<strong>tr</strong>a que o<br />
requerente voltou a se filiar ao Regime Geral de Previdência Social quando já instalada a inaptidão laborativa.<br />
6. N<strong>es</strong>se passo, ainda que o autor afirme que a incapacidade sobreveio após a sua filiação ao RGPS, não existem, nos<br />
autos, provas capaz<strong>es</strong> de comprovar tal alegação, razão pela qual inexiste fundamento a autorizar a conc<strong>es</strong>são do<br />
benefício de auxílio-doença.<br />
7. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />
8. Condenação do recorrente vencido ao pagamento de custas e de honorários advocatícios, cujo valor, considerada a<br />
complexidade da causa, arbi<strong>tr</strong>o em R$ 100,00 (cem reais). Contudo, ante o deferimento de assistência judiciária gratuita à<br />
fl. 29, suspendo a exigibilidade de tais verbas sucumbenciais, nos termos do art. 12 da Lei 1.060/50.<br />
ACÓRDÃO<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais<br />
da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e, no mérito, NEGAR-LHE