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abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro

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Pág. 98<br />

esquerda. Como estas são a<strong>do</strong>tadas uma série de outras práticas que<br />

visam controlar o incômo<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> e que podem alterar a<br />

Programação, repercutin<strong>do</strong> no <strong>trabalho</strong> de to<strong>do</strong>s os opera<strong>do</strong>res da<br />

linha.<br />

No entanto, a liberdade <strong>do</strong> motorista para modificar o<br />

<strong>trabalho</strong>, crian<strong>do</strong> procedimentos, é restrita e, consequentemente, as<br />

ações adaptativas nem sempre evitam o incômo<strong>do</strong> e a ruptura, pois se<br />

o inverso sucedesse não haveria sustentação para as representações<br />

sociais sobre as <strong>do</strong>enças <strong>do</strong>s motoristas.<br />

As ações adaptativas no contexto dai ruptura<br />

A expressão máxima da ruptura é designada como<br />

"misturar", mas além dela existem outras expressões da adaptação que,<br />

nos dizeres de LAURELL e NORIEGA (1989) "significam a<br />

sobrevivência em condições corporais precárias, como também, até,<br />

podem se converter (...) em destrui<strong>do</strong>res da integridade corporal"(p.<br />

101), como úlcera e gastrite, problemas de coluna, problemas no<br />

coração, sistema nervoso abala<strong>do</strong>, abreviação <strong>do</strong> tempo devida e, além<br />

da materialização desses processos adaptativos destrui<strong>do</strong>res no corpo,<br />

há a sua materialização na vida.familiar, como trazer "desavença em<br />

casa".<br />

Esse mesmo perfil de morbidade impressionisticamente<br />

traça<strong>do</strong> pelos motoristas coincide com as evidências encontradas em<br />

diversos estu<strong>do</strong>s, epidemiológicos inclusive , conduzi<strong>do</strong>s junto à<br />

categoria de motoristas de ônibus urbanos e não urbanos, em vários<br />

outros países também (NETTERSTROM e LAURSEN, 1981;<br />

BACKMAN e JARVINEN, 1983; BACKMAN, 1983; BETTA e<br />

COSTA, 1985; CIPPAT, 1972; PICALUGA, 1983; BETTA, s.d.;<br />

NETTERSTROM, 1988, RAGLAND e cols., 1987).<br />

Essas expressões da ruptura traduzem a impossibilidade de<br />

o motorista exercer controle sobre o incômo<strong>do</strong> e o esforço <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong>.

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