abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro

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XLím 1971 Deyl Ozono de OLIVEIRA (1971),
representante do Sindicato dos Condutores de Veículos e Anexos de
Nova Iguaçu (RJ) reivindicou, no X Congresso Nacional de Prevenção
de Acidentes do Trabalho, a criação de um "adicional de penosidade"
e a redução de jornada diária de trabalho para 6 horas, em benefício
dos motoristas profissionais.
A reivindicação para a criação do "adicional de
penosidade", naquela época, teve um caráter inovador e levantou
alguns pontos que merecem reflexão. Não se tratou apenas, de
reivindicar um adicional qualquer ao salário, pois se assim fosse,
OLIVEIRA (1971) poderia ter reivindicado o enquadramento da
atividade profissional do motorista aos adicionais então existentes
legalmente na Consolidação das Leis do Trabalho, que são os
adicionais de insalubridade e de periculosidade. Isso implica que para"
ele o trabalho do motorista envolve uma dimensão da relação saúde e
trabalho não contemplada pelos conceitos legais de insalubridade e
periculosidade, que ele denominou de "penosidade".
Como desdobramentos desses pontos seguem as seguintes
questões: Qual o conceito de "trabalho penoso" existente?; O que faz
com que determinadas condições de trabalho sejam sentidas como
"penosas"? e Quando o trabalho é sentido como "penoso"?