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abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro

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 trajetória <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> de campo<br />

Pág. 30<br />

O desenho <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> de campo foi traça<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> que<br />

pudéssemos apreender o conhecimento prático <strong>do</strong>s motoristas de<br />

ônibus urbano sobre o seu <strong>trabalho</strong>, necessitan<strong>do</strong>, portanto,<br />

conhecê-los enquanto grupo profissional que tem peculiaridades,<br />

conhecer o <strong>trabalho</strong> em si e a sua linguagem.<br />

1 -A garagem<br />

Iniciamos o <strong>trabalho</strong> de campo na garagem escolhida com<br />

uma breve exposição, aberta aos funcionários que lá trabalhavam,<br />

sobre a pesquisa. Seqüencialmente iniciou-se o perío<strong>do</strong> no qual<br />

conhecemos as instalações físicas da garagem, a divisão <strong>do</strong>s espaços, as<br />

atividades desenvolvidas, os trabalha<strong>do</strong>res e as funções que<br />

desempenham.<br />

Dentro da garagem existe a Reserva.o espaço destina<strong>do</strong><br />

aos opera<strong>do</strong>res (motoristas, cobra<strong>do</strong>res, fiscais). Nesse espaço<br />

concentramos por alguns perío<strong>do</strong>s nossas atenções, conversan<strong>do</strong> com<br />

os opera<strong>do</strong>res e os observan<strong>do</strong> sem um roteiro prévio para tanto, pois<br />

consideramos necessário, nesse primeiro momento, estarmos abertos<br />

para entendermos a própria organização <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res.<br />

Esses contatos eram precedi<strong>do</strong>s de explicações sobre a investigação,<br />

bem como <strong>do</strong>s procedimentos de coleta de da<strong>do</strong>s a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s.<br />

Invariavelmente, quan<strong>do</strong> citávamos que após essas conversas e<br />

observações se daria o acompanhamento de uma "linha boa" e de outra<br />

"ruim", os motoristas e cobra<strong>do</strong>res sempre tinham algo a dizer sobre<br />

elas, principalmente sobre aquelas consideradas "ruins". Citar a fase<br />

de acompanhamento das linhas parecia servir de mote para<br />

desencadear a discussão entre eles. Essas discussões eram enriquecidas<br />

com relatos de situações diretamente vivenciadas, observadas e<br />

relatadas por outros companheiros.

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