abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro
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Pág. 36<br />
elementos deste que interatuam dinamicamente entre si e com o corpo<br />
<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r.geran<strong>do</strong> aqueles processos de adaptação que se<br />
traduzem em desgaste..."(p.HO), significan<strong>do</strong> portanto, que através <strong>do</strong><br />
conceito de carga de <strong>trabalho</strong> analisa-se as condições de <strong>trabalho</strong> e a<br />
sua interação com o corpo <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r. As cargas de <strong>trabalho</strong> são<br />
agrupadas em físicas, químicas, biológicas, mecânicas, fisiológicas e<br />
psíquicas. As quatro primeiras têm materialidade externa e as últimas<br />
apenas adquirem materialidade no corpo humano.<br />
As noções de risco, empregada pela Medicina <strong>do</strong> Trabalho<br />
e de carga de <strong>trabalho</strong>, tanto segun<strong>do</strong> o entendimento da Ergonomia<br />
como no de LAURELL & NORIEGA, que se filiam à Medicina Social,<br />
buscam delimitar precisamente os efeitos <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> sobre a saúde,<br />
segun<strong>do</strong> concepções de <strong>do</strong>ença profissional, esforço e sofrimento e de<br />
desgaste, respectivamente, através de visões distintas da categoria<br />
<strong>trabalho</strong>.<br />
O emprego destas noções tem em comum o fato de<br />
predefinirem recortes da relação saúde e <strong>trabalho</strong>, quer partin<strong>do</strong> das<br />
condições de <strong>trabalho</strong>, como o faz a Medicina <strong>do</strong> Trabalho, quer<br />
partin<strong>do</strong> das demandas para a saúde <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong>r como o faz a<br />
Ergonomia. A <strong>abordagem</strong> de LAURELL e NORIEGA(1989) a<strong>do</strong>ta<br />
noções que, parece-nos, busca sintetizar as duas abordagens. Tais<br />
noções possibilitam inclusive quantificar causas e efeitos na relação<br />
saúde e <strong>trabalho</strong>, através de medidas ambientais e de manifestações<br />
somáticas e psíquicas.<br />
O Modelo Operário a<strong>do</strong>ta como ponto de partida a<br />
subjetividade-experiência operária, mas ao analisar os acha<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
levantamento das condições de <strong>trabalho</strong> a<strong>do</strong>ta a perspectiva teórica da<br />
Medicina <strong>do</strong> Trabalho e da Ergonomia, já que os categoriza nos quatro<br />
grupos de risco, conforme ODDONE e cols.(1986). Por esse motivo,<br />
LAURELL(1984) e LAURELL e NORIEGA (1989) entendem que o<br />
Modelo Operário contém uma contradição "... pois ao mesmo tempo<br />
que se enfatiza a potencialidade da subjetividade-experiência operária<br />
de revelar a realidade de um mo<strong>do</strong> diferente da ciência formal, ordena