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abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro

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Pág. 37<br />

a experiência no mesmo molde desta "(LAURELLe NORIEGA, 1989,<br />

p. 87).<br />

GRIMBER(1988) e HARRISON(1988) partem <strong>do</strong> saber<br />

to trabalha<strong>do</strong>r mas não se detêm na discussão acerca da análise das<br />

"construções sociais" <strong>do</strong> processo saúde e <strong>do</strong>ença e das<br />

"representações" <strong>do</strong>s riscos, respectivamente.<br />

DEJOURS(1987) mediante perspectiva psicanalítica<br />

estuda a "relação <strong>do</strong> coletivo com o <strong>trabalho</strong> e os efeitos mascara<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong>s sistemas coletivos de defesa em relação ao sofrimento. In<strong>do</strong> além,<br />

visa descrever as modalidades de ação da organização <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> e<br />

seus efeitos nocivos à saúde psíquica"(p. 145). O material de análise é<br />

a palavra, mas sobretu<strong>do</strong> o comentário "... que inclui concepções<br />

subjetivas, hipóteses sobre o porquê e o como da relação<br />

vivência-<strong>trabalho</strong>, interpretações e até mesmo citações, tipo piadas,<br />

etc..."(p. 149). O procedimento de análise e coleta de da<strong>do</strong>s dá-se<br />

simultaneamente, empregan<strong>do</strong> a técnica de interpretação psicanalítica<br />

para testar hipóteses no decorrer da coleta de da<strong>do</strong>s. Além disso, a<br />

observação comentada <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r também constitui-se em<br />

material de análise, pois a intersubjetividade é concebida como o canal<br />

de acesso ao sofrimento, ao prazer, enfim, à vivência.<br />

No nosso estu<strong>do</strong> tomamos como caminho de acesso às<br />

representações sociais a linguagem e as práticas. Para a coleta de da<strong>do</strong>s<br />

não foram utiliza<strong>do</strong>s instrumentos previamente estrutura<strong>do</strong>s. Esse<br />

desenho meto<strong>do</strong>lógico ofereceu maior liberdade e ao mesmo tempo<br />

solicitou um certo rigor a fim de resguardar os objetivos previamente<br />

coloca<strong>do</strong>s, durante o processo de análise.<br />

Frente a esse tipo de da<strong>do</strong> coube-nos identificar no<br />

universo de da<strong>do</strong>s, quais os recortes que nos levariam ao objetivo<br />

proposto e quais dele\tos afastariam. No caso da linguagem, coube-nos<br />

definir como lê-la. Consideramo-la como ten<strong>do</strong> múltipla<br />

determinação - individual e coletiva, objetiva e subjetiva - pois as<br />

representações sociais situam-se na interface individual/social,<br />

objetivo/ subjetivo. Conforme PAGES(1987) "o discurso é ao mesmo

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