abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro

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Como foi dito anteriormente, cada motorista tem uma
Tabela que planeja o seu trabalho na sua linha. Por ela o motorista
identifica se deve apresentar-se, para iniciar a jornada, na Garagem,
dirigindo-se ao Plantão, ou diretamente na linha, dirigindo-se ao ponto
inicial ou final, apresentando-se ao fiscal. Em um ou outro íocal
ser-lhe-á entregue a Ficha-Repórter (espécie de cartão de ponto) a
qual deve assinar e onde serão anotados os horários de saída e chegada
de cada meia-viagem, o horário de refeição e final da jornada, bem
como as intercorrências durante o dia de trabalho.
Posteriormente ser-lhe-á designado o carro com o qual
deverá operar e, caso o cobrador não seja, como o motorista, escalado,
ele também será designado.
Esses procedimentos, quando o motorista, o cobrador e o
fiscal são escalados na linha, ocorrem sem formalidades pois se
transformaram em rotina. O fiscal pode procurar o motorista, este
pode apresentar-se simplesmente colocando-se em lugar visível ou
reunir-se aos demais operadores com os quais diariamente encontra-se
em algum dos ônibus estacionados. Da mesma forma, assumir o
comando do carro, na maioria das vezes, independe de uma ordem do
fiscal, pois o motorista, sabendo antecipadamente a qual colega deverá
substituir - "render" - assim o fará, o mesmo ocorrendo com o cobrador.
Ao assumir o comando do carro, o motorista inicia a
verificação de uma série de quesitos, mantendo o motor do carro
ligado: óleo, água, pneus, freios, embreagem, sinalizadores,
acelerador, espelhos, bancos, forro de banco, cortina, limpam o
pára-brisa, alguns adaptam um prolongamento da alavanca de câmbio,
outros colocam o radinho no painel e afixa sua ficha funcional na
parede do carro. Todos os objetos instalados no carro são pessoais e
trazidos pelo motorista e nem todos procedem da mesma forma.
Além disso alguns lavam o piso do ônibus, tiram o pó do
painel e tomam outros cuidados com o carro não previstos como parte