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abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro

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Pág. 76<br />

coisas também, me <strong>do</strong>ía o estômago e começava a tremer, então tinha<br />

que <strong>do</strong>rmir, descansar, prápassar...".<br />

Quan<strong>do</strong> a ruptura se expressa não há dicoíomia mente e<br />

corpo. Uma estimulação demasiada pode provocar o corpo, como os<br />

esforços musculares, por exemplo, e a expressão da ruptura dela<br />

advinda ser mental, na forma de nervosismo. Já uma estimulação<br />

demasiada que provoca a mente, como a relação atritosa com o<br />

passageiros, pode expressar-se, enquanto ruptura, em <strong>do</strong>res<br />

musculares e de estômago. Apesar disso, identificamos que o espaço<br />

preferencial para a expressão <strong>do</strong> excesso ou inconveniência de<br />

estímulos é a mente, os nervos e a cabeça.<br />

Aquilo que se exterioriza como descontrole - misturar -<br />

ocorre em função <strong>do</strong> excesso de auto-controle a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, visan<strong>do</strong><br />

suportar o máximo possível as irritações;"... ele tem muita preocupação,<br />

qualquerprobleminha no trânsito assim ele já se descontrola né, onde ele<br />

fica nervoso e se descontrola atoa, então a turma fala misturar, então tá<br />

misturan<strong>do</strong>, aí começa falar sozinho, é, eu acho que ele pensa que tá num<br />

outro local, ele esquece o intervalo, eu acho que isso é um problema da<br />

mente mesmo né".<br />

A ruptura <strong>do</strong> equilíbrio ocorre quan<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s apoios não<br />

está presente. Apesar <strong>do</strong>s três requisitos serem igualmente necessários,<br />

evidenciamos que o poder para interferir no <strong>trabalho</strong> a fim de respeitar<br />

o limite subjetivo é aquele que parece ter maior peso no jogo de forças<br />

que possibilita o controle ou leva à ruptura, talvez por ser aquele que<br />

independe <strong>do</strong> motorista.<br />

A pendência entre o controle e a ruptura nos diversos<br />

contextos de <strong>trabalho</strong> é a essência <strong>do</strong> conhecimento prático <strong>do</strong>s<br />

motoristas que sustenta a avaliação das linhas. A movimentação <strong>do</strong>s<br />

motoristas entre as linhas, ou seja, as reações que a<strong>do</strong>tam frente a elas,<br />

de aproximação e repulsa (rotatividade e absenteísmo), estão<br />

determinadas pelo controle que eles podem exercer, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

familiaridade, o poder e o limite subjetivo, este conheci<strong>do</strong> mediante<br />

<strong>do</strong>is parâmetros: inconveniência e excesso de estímulos. É essa mesma

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