abordagem psicossocial do trabalho penoso: estudo ... - Fundacentro
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A Penosidade na Saúde <strong>do</strong> Trabalha<strong>do</strong>r<br />
Pág. 7<br />
Passan<strong>do</strong> agora para as contribuições da literatura em<br />
Saúde <strong>do</strong> Trabalha<strong>do</strong>r, também identificamos a inexistência de um<br />
conceito claro sobre "<strong>trabalho</strong> <strong>penoso</strong>". O que existe é a adjetivação de<br />
condições de <strong>trabalho</strong> como "penosas", mediante basicamente quatro<br />
abordagens distintas. A primeira relaciona as condições "penosas" de<br />
<strong>trabalho</strong> à determinações macro-sociais; a segunda associa o "<strong>trabalho</strong><br />
<strong>penoso</strong>" a esforços físicos ; a terceira <strong>abordagem</strong> o relaciona a<br />
sofrimento mental e a última a esforço e exigências físicas e psíquicas.<br />
São exemplos da primeira <strong>abordagem</strong> estu<strong>do</strong> da<br />
Organização Internacional <strong>do</strong> Trabalho (1986), que relaciona a<br />
penosidade <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> às conseqüências geradas pelo desemprego, e<br />
DESOILLE (1974) que identifica na introdução de novas tecnologias<br />
a possibilidade de diminuição ou de extinção de "<strong>trabalho</strong>s <strong>penoso</strong>s",<br />
embora esses não sejam melhor detalha<strong>do</strong>s.<br />
A grande quantidade de contribuições em pesquisas sobre<br />
"<strong>trabalho</strong> <strong>penoso</strong>" concentra-se na área da Fisiologia <strong>do</strong> Trabalho e da<br />
Ergonomia. Para esses estu<strong>do</strong>s, a penosidade está associada, em sua<br />
grande parte, à atividades profissionais que exijam esforço físico, ten<strong>do</strong><br />
como técnicas de avaliação as medidas de freqüência cardíaca,<br />
consumo de oxigênio, gasto de energia, gasto calórico associadas a<br />
fadiga física (2). A título de exemplo desses estu<strong>do</strong>s, engloba<strong>do</strong>s na<br />
segunda <strong>abordagem</strong>, citemos os de ANDERSON(1986.),<br />
ASTRAND(1988), KOSKELA e cols.(1983), UNDEUTSCH e<br />
GAERTNER(1982), haven<strong>do</strong> muitos outros que, por empregarem a<br />
mesma <strong>abordagem</strong>, consideramos desnecessário referi-los<br />
exaustivamente.<br />
2.- o levantamento bibliográfico que permitiu identificar essa tendência foi realiza<strong>do</strong> a partir<br />
das bases de da<strong>do</strong>s CISDOC, NIOSHTIC e HSELINE, a partir das palavras-chaves "hcavy<br />
work", "difficult work" c "slrcnuous work".