Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Vou lá atrás pegar, para poder deixar vocês duas sozinhas, discutindo o trabalho.<br />
— Dallas... Isto aqui é... ultra!<br />
— E só o Roarke — murmurou Eve, olhando para o café.<br />
— Pois então foi o que eu disse: ultra!<br />
Eve olhou para Roarke no momento em que voltava com mais café. Moreno, lindo e só um<br />
pouco cruel, pensou. Sim, imaginou, ultra era a palavra certa para ele.<br />
— Bem, aperte o cinto, Peabody, e aproveite o passeio.<br />
A decolagem foi suave, e a viagem, curta, dando a Peabody apenas a chance de passar para<br />
Eve alguns detalhes. Elas deveriam se apresentar na sala do chefe da Segurança para<br />
Empregados do Governo. Todos os dados teriam que ser vistos no local, e nada poderia sair<br />
dali, nem transferido ou gravado.<br />
— Malditos políticos! — reclamou Eve enquanto elas entravam em um táxi. — A quem estão<br />
protegendo, afinal, pelo amor de Deus? O cara já está morto.<br />
— É a velha atitude do tipo "tire o seu da reta". E há muitos traseiros para tirar da reta aqui em<br />
Washington.<br />
— E traseiros gordos. — Eve olhou para Peabody, avaliando-a. — Já esteve em Washington,<br />
Peabody?<br />
— Uma vez só, quando era criança — e mexeu os ombros —, com minha família. Os<br />
representantes da Família Livre fizeram um protesto silencioso contra a inseminação artificial em<br />
bovinos.<br />
Eve nem se deu ao trabalho de disfarçar a risada e comentou:<br />
— Você é cheia de surpresas, Peabody. Já que não visita a cidade há tanto tempo, pode ser que<br />
queira dar uma olhada nas atrações. Dê uma olhada nos monumentos e memoriais — gesticulou,<br />
enquanto passavam ao lado do memorial a Lincoln e de uma multidão de turistas e vendedores<br />
ambulantes.<br />
— Já vi um monte de vídeos deles — começou Peabody, mas Eve levantou as sobrancelhas.<br />
— Observe a paisagem, Peabody. Considere isso uma ordem.<br />
— Sim, senhora. — E com uma expressão que em outro rosto teria se parecido com um bico,<br />
Peabody virou a cabeça para fora.<br />
Eve pegou dentro da bolsa, com cuidado, uma câmera do tamanho de um cartão de crédito e a<br />
enfiou sob a blusa. Achava pouco provável que a segurança ali fosse tão rígida que ela tivesse<br />
que passar por uma máquina de raios X ou ser submetida a uma revista manual. Se isso<br />
acontecesse, ela podia dar a desculpa de que sempre carregava uma câmera extra com ela. Deu<br />
uma olhada rápida na motorista, mas ela, uma androide, mantinha os olhos pregados na rua.<br />
— Não é uma cidade ruim para se visitar — comentou Eve enquanto eles viravam e paravam<br />
na guarita de segurança da Casa Branca. A velha mansão mal podia ser divisada ao longe,<br />
através de portões reforçados e obstáculos de aço.<br />
Peabody virou a cabeça, olhando direto nos olhos de Eve.<br />
— Tenente, a senhora pode confiar em mim. Pensei que soubesse disso.<br />
— Não se trata de confiança. — Ao perceber o tom de mágoa na voz de Peabody, Eve falou<br />
com delicadeza: — Trata-se de eu não estar disposta a colocar o traseiro de ninguém na reta, a<br />
não ser o meu.<br />
— Mas nós somos parceiras...<br />
— Não, não somos parceiras... — Eve inclinou a cabeça e havia um tom de autoridade em sua