Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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escolhendo uma barra de caramelo e uma lata pequena de Pepsi. A máquina liberou os produtos<br />
enquanto uma voz desfiava a ladainha sobre a importância da reciclagem e aconselhava o<br />
consumidor a ingerir menos açúcar.<br />
— Meta-se com a sua vida! — sugeriu Eve, olhando para a máquina. Encostando-se na parede,<br />
comeu o caramelo com toda a calma, jogou o lixo dentro do receptáculo para reciclagem e então<br />
caminhou vagarosamente pelo corredor.<br />
Imaginava que a espera de vinte minutos ia deixar Leanore fumegando de raiva. Acertou em<br />
cheio.<br />
A mulher estava andando de um lado para outro dentro da sala, com as pernas elegantes<br />
percorrendo o piso já muito gasto com passos apressados. No instante em que Eve abriu a porta,<br />
ela girou o corpo.<br />
— Tenente Dallas, meu tempo é extremamente valioso, caso o seu não seja.<br />
— Talvez a senhorita tenha razão, dependendo do ângulo pelo qual analisamos a questão —<br />
disse Eve, com naturalidade. — Eu realmente não consigo cobrar o meu trabalho à razão de dois<br />
mil dólares a hora.<br />
Peabody pigarreou e começou:<br />
— Que fique registrado que a tenente Eve Dallas acaba de entrar na sala de interrogatório C, a<br />
fim de dar continuidade à segunda parte dos procedimentos. A convocada já foi informada de<br />
todos os direitos e escolheu representar a si mesma durante o interrogatório. Todos os dados<br />
serão devidamente registrados em gravação.<br />
— Ótimo! — Eve se sentou, indicando a cadeira diante dela. — Assim que resolver parar de<br />
andar de um lado para outro, senhorita Bastwick, poderemos começar.<br />
— Eu estava pronta para começar com isto no horário marcado... — Leanore se sentou e cruzou<br />
as pernas lisas como seda — ... com a senhora, tenente, e não com a sua subordinada.<br />
— Ouviu isso, Peabody? Você é minha subordinada.<br />
— Está devidamente registrado, senhora — disse Peabody, secamente.<br />
— De qualquer modo, considero tudo isso insultante e desnecessário. — Leanore limpou a<br />
manga do elegante paletó preto com os dedos. — Vou comparecer ao funeral de Fitzhugh em<br />
poucas horas.<br />
— A senhorita não estaria aqui sendo tão insultada sem necessidade se não tivesse mentido na<br />
declaração anterior.<br />
— Imagino que a senhora possa provar tal acusação, tenente — seus olhos se tornaram glaciais.<br />
— A senhorita declarou na gravação anterior que fora à residência do falecido na noite de sua<br />
morte por motivos profissionais, e, pelo que se lembrava, conversaram a respeito de um caso por<br />
vinte ou trinta minutos.<br />
— Mais ou menos — confirmou Leanore, com a voz fria.<br />
— Conte-me, senhorita Bastwick... Sempre leva uma garrafa de vinho de safra excelente para<br />
uma reunião de negócios e se arruma toda dentro do elevador para a tal reunião como se fosse<br />
uma rainha de baile de formatura?<br />
— Não existe lei alguma que proíba a pessoa de se enfeitar, tenente Dallas. — Seu olhar<br />
desceu com ar de desprezo desde o cabelo desgrenhado de Eve até as botas surradas que<br />
calçava. — A senhora devia tentar se arrumar também.<br />
— Ai, agora fiquei magoada... A senhorita se embonecou toda, abriu os três botões de cima da<br />
blusa e levou uma garrafa de vinho. Para mim, isso é jogo de sedução, Leanore — e Eve se