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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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menos considerar a possibilidade de deixá-los a sós? Era dever dela proteger o canalha! Havia<br />

regras a seguir. Por mais que seus sentimentos pessoais estivessem envolvidos, havia regras!<br />

Marchou com decisão em direção à porta, digitou seu código e soltou o ar com força ao ver<br />

negado o acesso à sala.<br />

— Filho da mãe. Que droga, Roarke! — Ele a conhecia bem demais. Com poucas esperanças,<br />

correu em frente pelo corredor, entrou no escritório dele e tentou a porta de conexão entre as<br />

salas.<br />

Entrada negada.<br />

Correu para o monitor, ligou a câmera de segurança que exibia o interior de seu escritório e viu<br />

que Roarke também a desligara.<br />

— Deus Todo-Poderoso, ele o está matando! — Correu para a porta novamente e bateu nela<br />

com os punhos, usando toda a sua força, inutilmente. Momentos mais tarde, como se fosse<br />

mágica, a fechadura se abriu sozinha e a porta deslizou suavemente para o lado, abrindo-se. Ela<br />

entrou correndo, desesperada, e viu Roarke calmamente sentado à sua mesa, fumando.<br />

Seu coração disparou ao olhar lentamente para Jess. Ele estava pálido como um defunto, com<br />

as pupilas estreitas como a ponta de um alfinete, mas respirava. Na verdade, ele exalava o ar<br />

com um rugido estranho, como uma unidade de controle de temperatura com defeito.<br />

— Não deixei marcas nele!... — Roarke pegou o conhaque que servira para si mesmo. — ... E<br />

acredito que ele já começou a ver os erros que cometeu, com seu modo de agir.<br />

Eve se inclinou na direção de Jess, olhou mais de perto os olhos dele e o viu recuar mais para<br />

o fundo da cadeira, como um cão surrado. O som que saía de seus pulmões era pouco humano.<br />

— Que diabos você fez com ele, Roarke?<br />

Ele tinha dúvidas de que Eve ou o Departamento de Polícia da cidade de Nova York pudesse<br />

aprovar alguns dos truques que aprendera em algumas de suas viagens mais sombrias.<br />

— Fiz muito menos do que ele merecia...<br />

Ela endireitou o corpo e observou Roarke longamente, com o olhar fixo e duro. Ele parecia um<br />

homem pronto para receber convidados tardios ou presidir uma importante reunião de negócios.<br />

Seu terno estava sem uma dobra sequer, seus cabelos sem um fio fora do lugar, suas mãos<br />

perfeitamente firmes.<br />

Seus olhos, porém, ela reparou, estavam muito além do lado selvagem.<br />

— Nossa, você está com um olhar apavorante!<br />

Com todo o cuidado, colocou o conhaque sobre a mesa e prometeu:<br />

— Nunca mais vou ferir você novamente.<br />

— Roarke... — Ela lutou contra a vontade de ir até ele e envolvê-lo em seus braços. Não era<br />

isso, porém, o que o momento pedia, ela decidiu. Nem o que ele queria. — ... Isso não pode se<br />

tornar pessoal.<br />

— Sim, pode. — Sugou a fumaça e a soltou lentamente. — Pode se tornar e é pessoal.<br />

— Tenente — Peabody entrou na sala, com o rosto impassível. — Os paramédicos estão aqui.<br />

Com a sua permissão, vou acompanhar o suspeito até o centro médico.<br />

— Deixe que eu vou — avisou Eve.<br />

— Senhora... — Peabody olhou de relance para Roarke, e reparou que ele ainda continuava<br />

com o olhar grudado em Eve. Notou também que seus olhos pareciam muito perigosos — ...<br />

Desculpe, mas acredito que a senhora tenha assuntos mais urgentes para resolver aqui. Eu mesma<br />

posso cuidar disso. Vocês ainda têm um grande número de convidados na casa, incluindo a

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