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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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Para o inferno com as convenções e o lugar em que estavam, pensou Roarke, e agarrou a<br />

cabeça de Eve pelos cabelos, mergulhando seus lábios dentro dos dela.<br />

No console, junto aos controles, Jess os observou e sorriu. Mais alguns minutos, ele avaliou, e<br />

era capaz de os dois se atirarem no chão e começarem a se acasalar ali mesmo, sem pensar em<br />

mais nada. Era melhor não... Com dedos ágeis, deslizou alguns botões para baixo e mudou a<br />

programação. Mais do que satisfeito, levantou-se e seguiu em direção às escadas.<br />

* * *<br />

Duas horas mais tarde, dirigindo para casa através das ruas escuras que passavam como um<br />

borrão colorido pelos anúncios luminosos, Eve acelerou ainda mais o carro, bem além dos<br />

limites permitidos por lei. A necessidade e o desejo latejavam em um ritmo denso e contínuo<br />

entre suas coxas, como uma comichão desesperada para ser coçada.<br />

— Você está transgredindo a lei, tenente — disse Roarke, com suavidade. Estava novamente<br />

duro como uma rocha, como um adolescente transbordando de hormônios.<br />

A mulher que tinha orgulho de jamais se permitir abusar do uso do distintivo murmurou:<br />

— Transgredindo, não, apenas forçando um pouco os limites da lei.<br />

Roarke se inclinou na direção dela e cobriu um dos seus seios com a mão, dizendo:<br />

— Então force um pouco mais...<br />

— Ah, meu Deus... — Ela já conseguia sentir como seria tê-lo dentro dela, e acelerou ainda<br />

mais, passando como uma bala pela Park Avenue.<br />

Um vendedor ambulante, trabalhando em sua carrocinha aérea, fez um sinal obsceno para Eve<br />

no instante em que a viu fazer a curva junto dele, cantando os pneus e seguindo para leste.<br />

Xingando baixinho, Eve ligou o giroscópio do veículo, e o globo vermelho e azul começou a<br />

rodar e piscar, em cima do carro.<br />

— Não acredito que estou fazendo uma coisa dessas! Eu nunca faço isso...<br />

Roarke deixou a mão escorregar para a coxa de Eve, acariciando-a e murmurando:<br />

— Você sabe o que vou fazer com você?<br />

Ela soltou uma risada rouca e engoliu em seco, dizendo:<br />

— Não me conte, pelo amor de Deus, senão vou acabar matando nós dois.<br />

Suas mãos estavam coladas no volante, mas tremiam, enquanto seu corpo vibrava como a corda<br />

de um instrumento já totalmente esticada e sendo dedilhada. Sua respiração já estava ofegante.<br />

As nuvens saíram da frente da lua e liberaram toda a sua luz.<br />

— Aperte o controle remoto para abrir os portões! — falou ela, respirando pesadamente. —<br />

Abra-os logo, porque eu não vou diminuir a velocidade.<br />

Ele digitou o código na mesma hora. Os portões de ferro começaram a se abrir majestosamente,<br />

e ela entrou velozmente enquanto eles ainda estavam se separando, com poucos centímetros de<br />

folga em cada lado.<br />

— Ótimo trabalho! — elogiou Roarke. — Pare o carro.<br />

— Só mais um minuto, só mais um minuto! — Ela continuou como um foguete subindo pela<br />

alameda, voando baixo ao longo das árvores suntuosas e das fontes musicais.<br />

— Pare o carro! — exigiu ele mais uma vez, e pressionou a mão entre a virilha dela.<br />

Ela gozou no mesmo instante, de forma violenta, quase batendo de frente em um carvalho.<br />

Ofegante em busca de ar, pisou no freio de repente, derrapou ligeiramente, deixando o carro na

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